LUNETAS: Luto infantil: como acolher crianças que perdem a mãe ou o pai?
sexta-feira, 31 de outubro de 2025, 16h00
Eu pensei que era uma gripe, mas minha mãe morreu de uma doença chamada câncer de mama”, conta Maria Clara, 13 anos, em uma palestra, de 2024. “Eu sinto saudades dela e isso dói, mas ainda assim sou muito feliz, porque tenho pessoas incríveis ao meu redor.” Ela e o irmão Francisco, de nove anos, perderam a mãe, Micaela, em 2018.
Desde então, “a reconstrução da nossa família não foi sobre voltar a ser o que a gente era, mas sobre inventar uma nova forma de ser três”, diz Rafael Stein, pai da Maria Clara.
Rafael precisou reconfigurar a própria vida enquanto lidava com a ausência da esposa e, ao mesmo tempo, se tornava cada vez mais presente na vida dos filhos. “A falta nunca vai deixar de existir, mas o amor também não.”
Jessica Nolte perdeu o marido Markus em 2022, quando a filha Maya tinha quatro anos. A gentileza e o apoio das pessoas ao redor foi essencial para o recomeço. “As famílias da escola da Maya se mobilizaram para me acolher. Fizeram um ritual que me emociona até hoje. Além disso, a professora dela também nos visitou no dia da morte”, conta. “A corrente de afeto que recebi nesse momento me deu muita força, pois foi essa comunidade que me fez seguir.”
Conviver com a morte fica ainda mais difícil quando ela atravessa a infância com a perda precoce de uma mãe ou de um pai. Nestes depoimentos, Rafael e Jessica contam a história de suas famílias para Lunetas. Compartilhando dores e aprendizados, eles falam de luto mas também sobre cuidado, amor e a força dos recomeços.
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