Copos térmicos e canecas reutilizáveis começam a ser entregues na PGJ

Um estudo brasileiro apontou que uma pessoa consome, em média, 1.056 copos descartáveis por ano no ambiente de trabalho. Sabendo que o tempo de decomposição de um copo descartável de plástico varia de 250 e 400 anos, e que grande parte dos copos de papel é feita com matéria-prima virgem, você já parou para pensar o que deixará para as gerações futuras? Disposto a sensibilizar o público interno sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e os recursos naturais, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio da Comissão de Gestão Socioambiental, iniciou uma campanha para substituir o uso de copos descartáveis por corpos térmicos e canecas reutilizáveis.

Na segunda-feira (11), teve início a distribuição dos copos de alumínio e canecas de porcelana na sede da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), em Cuiabá. Reunidos no auditório, membros e servidores puderam conhecer um pouco mais sobre a Campanha de Formação da Mentalidade Ambiental do Programa MPMT Sustentável. A promotora de Justiça Maria Fernanda Corrêa da Costa, vice-coordenadora da Comissão de Gestão Socioambiental, fez a entrega simbólica dos copos ao procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira. O corregedor-geral do MPMT, procurador de Justiça Hélio Fredolino Faust, também recebeu. Na sequência, o kit de copos passou a ser entregue nos setores.

Na abertura do encontro, Maria Fernanda Corrêa da Costa falou sobre a reativação da comissão em 2019 e sobre o trabalho desenvolvido nos últimos anos visando a economia de recursos naturais e financeiros, bem como o consumo consciente nas dependências do MPMT. Ela destacou que é preciso começar de dentro para poder exigir de fora. “Não conseguimos mudar o mundo, mas podemos mudar o que estiver ao nosso alcance e começar pelo nosso ambiente de trabalho, reduzindo o número de impressões e o consumo de copos descartáveis. E por quê? Porque tudo isso tem impactado o planeta em que vivemos e consumido excessivamente os recursos naturais. A atitude de cada um de nós vai fazer a diferença”, defendeu.

A bióloga Claudineia Lizieri, do Centro de Apoio Operacional (CAO) Meio Ambiente Natural, defendeu a mudança de hábitos e a adoção de atitudes sustentáveis. “Essa campanha foi estruturada pensando na mudança de comportamento e a entrega dos copos é apenas uma parte dela. A campanha está sendo toda preparada para trazer informação para que cada um de nós possa formar conhecimento, para que não seja apenas uma ação dentro da instituição, mas uma ação como cidadão”, enfatizou, frisando que pequenas atitudes geram impactos relevantes ao meio ambiente.

“O meio ambiente é nossa força internacional e cabe ao Ministério Público defendê-lo, constitucionalmente, sobretudo dos interesses políticos e econômicos. O mundo precisa de consciência ambiental”, destacou o procurador-geral de Justiça. Ao lembrar o título de uma palestra do meteorologista Edward Lorenz, do Instituto de Tecnologia de Massachussetts, que dizia que o bater das asas de uma borboleta no Brasil pode iniciar um tornado nos Estados Unidos, José Antônio Borges Pereira reforçou a ideia de mundo globalizado e interligado, inclusive ambientalmente. “É isso que temos que entender, como cidadãos, é essa consciência que o Ministério Público tem que despertar”, acrescentou. E para finalizar, o corregedor Hélio Faust reforçou que, se cada um puder fazer alguma coisa, certamente o futuro das próximas gerações será melhor.