CERTIFICAÇÃO INÉDITA
MPMT conquista Selo Lixo Zero e Prêmio Lixo Zero 2025

por ANA LUÍZA ANACHE
segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, 09h44
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) conquistou o Selo Lixo Zero, certificação inédita concedida pelo Instituto Lixo Zero Brasil a instituições que destinam corretamente mais de 50% dos resíduos gerados. Além disso, recebeu o Prêmio Lixo Zero 2025, na categoria Instituição Pública. A certificação e a premiação ocorreram no dia 4 de dezembro, durante o Ciclo Consciente de Boas Práticas Lixo Zero, realizado em Brasília (DF).
O reconhecimento é resultado de um trabalho consistente que avaliou cinco boas práticas. No critério “Redução e reuso”, o MPMT atingiu 100%. Em “Educação e conscientização” e “Reciclagem”, alcançou 92%. Já em “Compostagem” e “Ações sociais”, os índices foram de 83% e 80%, respectivamente. No total, a instituição conseguiu desviar 61% dos resíduos do aterro sanitário. A certificação tem validade até novembro de 2026.
A subprocuradora-geral de Justiça de Planejamento e Gestão, Anne Karine Louzich Hugueney Wiegert, destacou que a conquista exigiu empenho coletivo. "Essa caminhada foi construída com muito esforço, desde os primeiros ajustes estruturais até a mudança de hábitos do dia a dia. Cada membro, servidor, estagiário e colaborador teve um papel essencial nesse processo. Essa certificação e esse prêmio são de todos nós", afirmou.
Para a gerente do programa MPMT Sustentável, Dálete Campos Mariano, o resultado é fruto da união de esforços e da compreensão da importância de repensar o consumo e a destinação dos resíduos. "O prêmio é uma evidência de que estamos no caminho certo e de que vale a pena o esforço para engajar cada integrante nessa causa", ressaltou.
Referência nacional - Durante o evento, realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, Mato Grosso também foi destaque nacional com um painel exclusivo sobre boas práticas, comprovando que o estado se consolida como referência no movimento Lixo Zero. O painel, intitulado “Do local ao nacional: Como Mato Grosso vem se tornando referência Lixo Zero”, foi moderado por Jean Peliciari e reuniu representantes do MPMT, Sicredi Ouro Verde e município de Lucas do Rio Verde.
As boas práticas do MPMT foram apresentadas por Dálete Mariano e pelo gerente de Materiais do Departamento de Apoio Administrativo (DAA), Marcos Aurelio Borges Nogueira. Segundo ela, o encontro foi enriquecedor e reforçou o protagonismo do MPMT. "Voltamos carregados de boas ideias e percebemos que estamos na vanguarda desse movimento rumo à sustentabilidade nas instituições públicas. É fundamental destacar o impacto coletivo das práticas institucionais, muito mais relevante do que ações isoladas", enfatizou.
O evento reuniu especialistas, estudantes, representantes de organizações que adotaram o protocolo Lixo Zero e cooperativas de reciclagem.
Selo Lixo Zero - A certificação é resultado de um ano inteiro de trabalho contínuo, planejamento e engajamento coletivo, dentro do Programa MPMT Sustentável, que integra o Planejamento Estratégico Institucional (PEI) 2024–2031. Desde o lançamento do projeto, em 2024, diversas ações foram implementadas: redução do uso de papel e copos descartáveis, implantação da compostagem com certificação de CO₂ evitado, substituição das lixeiras por residuários específicos e campanhas educativas conduzidas pela mascote Emi, que ajudaram a disseminar o conceito de consumo consciente e destinação correta de resíduos.
Além disso, em agosto deste ano, foi assinado um termo de compromisso que simboliza o comprometimento institucional em atender aos critérios exigidos para a conquista do Selo Lixo Zero. O objetivo institucional é garantir os mais altos padrões de boas práticas socioambientais e, para isso, os indicadores referentes a “Educação e conscientização”, “Reciclagem”, “Compostagem”, “Ações sociais” e “Redução e reuso” devem ser mantidos acima de 80%.
Saiba mais - O Selo Lixo Zero reconhece organizações que desviam de aterros sanitários ou incineração pelo menos metade dos resíduos gerados, destinando-os para reutilização, reciclagem ou compostagem. A metodologia segue modelos internacionais e promove benefícios ambientais, sociais e econômicos - entre eles, a valorização da economia circular, o estímulo a novas políticas públicas e o fortalecimento da consciência ambiental coletiva.

