MPE e parceiros lançam campanha Acessibilidade,a vida sem obstáculos.

O lançamento será nesta segunda-feira (3), às 9h30, na praça Alencastro, centro de Cuiabá. No Brasil, quase 27 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de deficiência: visual, auditiva, física ou mental. São profissionais, consumidores, que chegam em aeroportos, por exemplo, e não podem se comunicar com autonomia porque têm deficiência auditiva. Não podem ir sozinhos aos supermercados, porque sofrem deficiência visual, e não há como ler os preços dos produtos, entre outros obstáculos. Acessibilidade é respeitar o direito de ir e vir disse Edison Passafaro, consultor na área de mobilidade urbana e inclusão social de São Paulo durante palestra em Cuiabá.

Hoje ele tem 38 anos e fora atingido por um tiro quando tinha 19 anos, ficando paraplégico. Passafaro viaja muito, e aproveita para fotografar várias situações que dificultam a acessibilidade das pessoas. Por exemplo, as inúmeras rampas colocadas no comércio que serviriam apenas para matar as pessoas com deficiências, haja vista que são tão inclinadas, impossibilitando a mobilidade até de quem se considera normal. 'Ah! Nossos funcionários ajudam as pessoas com deficiência a subir rampas inadequadas', desculpam-se empresários brasileiros. Passafaro explica que a partir do momento que há necessidade de a pessoa ser ajudada para entrar em comércios, escolas e na própria residências, isso não é acessibilidade.

'Acessibilidade' é independência para ir e vir', destaca Passafaro. Ele elogiou a campanha que será lançada na segunda-feira 3, pelo MPE, em parceria com a Prefeitura de Cuiabá, Ministério Público do Trabalho, Governo do Estado, Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Sicredi, Cemat, HSBC e Crea/MT.

E se colocou à disposição para trazer o aprendizado de tantos anos de luta por respeito aos direitos de quem por algum motivo encontra-se com mobilidade reduzida. Ele mostrou vídeos de pessoas que constróem garagens inadequadas que tomam toda extensão de calçadas, fazendo o pedestre arriscar a vida entre os carros. Tem mais: muitas empresas implantam nas calçadas caixas de telefone, água, que somados aos postes, lixeiras, árvores, carros, deixam todos pedestres literalmente na rua. A campanha reivindicará elevadores e semáforos  com sinais sonoros, comércio em geral com mobiliários ao alcance dos cidadãos de baixa estatura ou que usem cadeira de rodas. Segundo ele, a forma correta de construir imóveis, entre outras é pensar na autonomia das pessoas.

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Cecília Gonçalves

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