Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPT e MPE lançam 'Quem aceita o trabalho escravo, ajuda cavar esta cova'

segunda-feira, 28 de abril de 2008, 00h00

Mato Grosso alcançou o 2 lugar na lista nacional de trabalhadores resgatados

O Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio da Procuradoria Geral do Trabalho da 23 Região e Ministério Público do Estado de Mato Grosso com apoio da Assembléia Legislativa lançaram nesta segunda-feira (28) uma campanha estadual de combate ao trabalho escravo com o tema 'Quem aceita o trabalho escravo, ajuda cavar esta cova' Tem como objetivo esclarecer a população sobre a gravidade do trabalho escravo e quais os tipos de situações que são classificadas como análogas à de escravo e mostrar a realidade nos dias atuais e sensibilizar a sociedade para tomar partido na defesa da dignidade humana.

Na abertura, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, o procurador-chefe do MPT, José Pedro dos Reis, disse que esta campanha quer coibir situações humilhantes que inúmeros trabalhadores têm vivido não somente em Mato Grosso, mas no estado do Pará, entre outros. 'Trabalho escravo também é alojamento em condições humilhantes, falta de apoio médico, comida em péssimas condições, água suja para beber, transporte de risco, ameaça por dívida e falta de equipamento de proteção', alerta a campanha. Basta lembrar que há poucos dias 164 trabalhadores foram mandados de voltas aos estados de origem por não conseguir trabalho digno numa usina de álcool de Barra do Bugres.

O presidente do TRT 23, João Carlos Ribeiro de Souza garantiu o apoio total da instituição para toda ação que vise erradicar o trabalho escravo. A campanha já está na mídia mato-grossense por meio de emissoras de rádio e TV´s , jornais, folders, cartazes e outros, mas será levada também ao Estado do Pará. Contará com cerimônias de lançamento nos municípios de Rondonópolis, Alta Florestas, Juína, Sinop e São Felix do Araguaia.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, observou que, hoje, o homem vive em total liberdade. Em poucos segundos tem comunicação com o mundo, mas não conseguiu se livrar do trabalho escravo. 'Ainda não conseguimos que o cidadão enxergue no outro um irmão, um igual', disse Prado, lembrando que é preciso apoio de todos para acabar com o drama de trabalhadores que pela sobrevivência se submetem a todo tipo de humilhação.

De 2004 a 2007 ocorreram 38 operações do grupo móvel, 70 fazendas fiscalizadas, 1.413 trabalhadores resgatados e 2.953 resgatados.

A solenidade contou com a marcante interpretação artística do texto 'trabalho escravo' pela assessora especial Jorgina Guidio, do Núcleo de Apoio Interposição de Recursos aos Tribunais Superiores (NARE), acompanhada pelo maestro Yuri Ogawa Assunção ao teclado.

A orquestra do Jardim Vitória, projeto Flauta Mágica, sob a regência do maestro Gilberto Mendes também encantou aos presentes com composições de Vinícius de Morais e Disparada (1966) letra de Geraldo Vandré.

Além dos membros do MPE, o evento contou ainda com representantes dos poderes. Governo do Estado, Terezinha Maggi; PGE, João Virgílio do Nascimento Sobrinho; 13ª Brigada Infantaria Motorizada, comandante Guilherme Teófilo Gaspar de Oliveira; Prefeitura de Cuiabá, Euze Carvalho; procurador federal Guilherme Moragas; Sindor (jornalistas) Gibran Lachoviski, entre outros.

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