Prossegue Encontro dos Promotores do Júri na PGJ
quinta-feira, 15 de maio de 2008, 00h00
Prossegue nesta sexta-feira (16) o III Encontro dos Promotores do Júri, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, na Rua 6, s/n, Centro Político Administrativo. O cuiabano Marcelo Roberto Ribeiro, procurador de Justiça no Estado do Rio Grande do Sul fez a palestra inaugural (14/5), destacando a importância de interação do Ministério Público e Polícia para melhorar os inquéritos policiais.
'Ministério Público e Polícia devem ser parceiros. É importante incentivar a perícia técnica e o promotor participar mais de reconstituições de crimes', ressaltou. Ele é neto do educador cuiabano André Avelino Ribeiro, atuou 18 anos no Tribunal do Júri na capital gaúcha e interior, tendo feito aproximadamente mil júris.
Sobre o tema de sua palestra – 'Inovações no Procedimento do Júri', ele informou que a finalidade é trazer subsídios aos colegas, tendo em vista que o Júri é uma 'instituição democrática, muito importante, porque o povo julga para impor a democracia', acrescentando que em breve vem mudanças na legislação no tocante aos crimes hediondos. Reclamou que a atual lei de execuções penais não atende a realidade brasileira, bem como a situação dos nossos estabelecimentos prisionais.
'Levantamento de local de crime' foi o tema da palestra do período matutino desta quinta-feira (15) por Cássio Thyone Almeida de Rosa – perito criminal do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal. Ele alertou que, no caso de deixar de fazer perícia, deixa-se de fazer provas, prejudicando a denúncia, gerando impunidade. No momento em que o País discute o caso Isabella, ele destacou que a tendência é a valorização da prova técnica, que responde se houve crime, como ocorreu, dentre outros quesitos.
'Preservar o local de crime é da maior importância', ressaltou, afirmando que no Brasil não há cultura de isolar esses locais, prejudicando sobremaneira a investigação. Sobre a iniciativa da Procuradoria Geral de Justiça com esse evento ele garantiu que uma instituição vai conhecer melhor o trabalho da outra.
O procurador geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, destacou o objetivo da instituição com essa interação de forma a prestar, cada vez mais, um serviço de melhor qualidade à sociedade.
PROGRAMAÇÃO
No período matutino, desta sexta-feira (16) Carlos Roberto Angelotti – perito criminal no Estado de Mato Grosso fala sobre 'Reconstituição do Crime', e a tarde Antônio Carlos da Ponte, promotor de Justiça no Estado de São Paulo aborda 'Perícias e Quesitações' (inimputabilidade, aborto e infanticídio).
Realização: Confraria do Júri, Procuradoria Geral de Justiça (CEAF), Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP) e Fundação Escola Superior do Ministério Público(FESMP).
(65) 3613 5146//// 8435 5910