Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

ENFRENTAMENTO

Inter-relação da violência doméstica e familiar e a dependência química é discutida em evento

por CLÊNIA GORETTH

segunda-feira, 08 de agosto de 2011, 09h44

Cerca de 30% dos casos de violência doméstica têm alguma relação ao uso do álcool e das drogas. Embora atuem como potencializadores da violência, já que tais substâncias trabalham como inibidores da razão, a coordenadora das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica em Cuiabá, promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, ressalta que não há pesquisas que possam assegurar que se o indivíduo agressor não estivesse sob o domínio do álcool ou das drogas deixaria de cometer o ato de violência.

“Álcool e drogas não podem ser definidos como causas de violência doméstica, embora estejam presentes em cerca de 30% dos casos”, afirmou a promotora de Justiça, durante palestra proferida em Fortaleza, com o tema “A dependência química como potencializadora da violência doméstica contra a mulher”.

A inter-relação da violência doméstica e familiar e a dependência química foi o tema central do II ciclo de debates sobre violência e gênero promovido pelo Ministério Público do Ceará, em parceria com a Escola Superior do MP/CE e com o Núcleo de Gênero Pró-Mulher de Fortaleza, na sexta-feira (05.08). O objetivo foi debater as melhores formas de se enfrentar a presença das drogas lícitas e ilícitas nos casos de violência doméstica.

Durante o evento, o médico psiquiatra e professor José Jackson Sampaio apresentou uma palestra sobre 'As expressões contemporâneas da violência'. A mesa de trabalho que discutiu o referido assunto foi presidida pela deputada Fernanda Pessoa, tendo como debatedores a promotora de Justiça, Liduina Maria de Sousa Martins e o sociólogo Leonardo Sá.

“Não se pode cuidar da violência doméstica e do uso de álcool e drogas de forma compartimentada, necessário se faz a união dos órgãos e instituições para que juntos possam atuar no combate a este mal que assola as famílias brasileiras”, alertou o médico psiquiatra.

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