Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Brasil registra alta nos registros de racismo e homofobia em 2022

quinta-feira, 20 de julho de 2023, 12h35

O Brasil teve alta de mais de 50% nos registros de crimes de racismo e homofobia em 2022. Os dados são do Anuário de Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública – FBSP.

 

Conforme o levantamento, em 2022 foram registradas 2.458 ocorrências de crimes por preconceito de raça ou de cor – uma taxa de 1,7 caso a cada 100 mil habitantes. As ocorrências de homofobia ou transfobia subiram para 488, o que representa um aumento de 54% se comparado a 2021 (316).

 

Foram registradas agressões a mais de 2,3 mil pessoas LGBTQIA+. A pesquisa não inclui dados de racismo dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, que não responderam ao pedido de disponibilização das informações.

 

Já os dados sobre homofobia não foram disponibilizados por oito Estados: Amapá, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

 

O FBSP também considera a possibilidade de subnotificação: há Estados que, apesar de disponibilizarem dados, não registraram nenhum caso em 2022.

 

Ainda conforme o levantamento, as agressões contra gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, travestis, intersexuais e demais membros da comunidade LGBTQIA+ subiram 13% entre 2021 (2.050 ocorrências) e (2.324) 2022. Os Estados do Acre, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo não disponibilizaram informações.

 

O número de registros de homicídios contra a população LGBTQIA+, por outro lado, caiu de 176, em 2021, para 163, em 2022.

 

Os pesquisadores destacam a possibilidade de subnotificação, e citam como comparação um levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia – GGB. Em 2022, o grupo identificou 256 casos de morte violenta contra LGBTQIA+ no Brasil. Outro levantamento, feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA, contabilizou 131 vítimas trans e travestis de homicídio no período.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do G1)


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