Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPGO - ACOLHENDO MANIFESTAÇÃO DO MPGO, JUSTIÇA CONDENA EMPRESA DE ÔNIBUS A INDENIZAR JOVEM POR FALHA NO EMBARQUE SOLIDÁRIO EM APARECIDA DE GOIÂNIA

sexta-feira, 17 de setembro de 2021, 10h22

 

Mãe usava o transporte coletivo para levar filho a acompanhamento


Acolhendo manifestação do Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio da 1ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, a 1ª Vara Cível daquela comarca condenou a empresa Rápido Araguaia a indenizar, em R$ 10 mil, pessoa com paralisia cerebral e deficiência motora usuária do transporte coletivo.


A ação de indenização por danos morais foi ajuizada pela mãe do rapaz, depois que o motorista da empresa de ônibus não abriu a porta do veículo para que eles entrassem. Os dois seguiam para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde ele recebe acompanhamento especializado.


O rapaz possui paralisia cerebral tetraespástica, deficiência intelectual grave e epilepsia focal controlada e precisa dos cuidados constantes da mãe.


A mãe argumentou que sinalizou para o motorista, mas este não a atendeu. Em seguida, ele parou o ônibus um pouco mais à frente, para que pessoas sem deficiência entrassem, o que teria ferido o direito de acesso ao transporte coletivo.


A intervenção do MPGO, feita pela promotora de Justiça Patrícia Teixeira Guimarães Gimenes, da 1ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, com atuação na área de Saúde e Cidadania, destacou o desrespeito, pela empresa, das normas de acessibilidade a pessoa com deficiência.


O fato aconteceu no Terminal Veiga Jardim, onde o chamado Embarque Solidário não ocorreu em local específico e adequado.


Promotora apontou a necessidade de garantia do embarque específico

Na audiência de instrução e julgamento, Patrícia Teixeira Guimarães Gimenes invocou a análise do caso sob a perspectiva do Direito do Consumidor, com a inversão do ônus da prova em favor do jovem com deficiência, a Teoria do Risco Administrativo, o Estatuto da Pessoa com Deficiência e a Constituição Federal.


A promotora de Justiça afirmou a necessidade de embarque específico para pessoas com deficiência nos terminais de embarque e que o desrespeito a estas normas vem causando sofrimento a todos os que necessitam do embarque solidário


Patrícia Teixeira Guimarães Gimenes anunciou a instauração de inquérito civil para atuação coletiva em todos os terminais de Aparecida de Goiânia(Texto: João Carlos de Faria/Assessoria de Comunicação Social do MPGO).

 

FONTE: MPGO

 


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