TJSE - Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência é marcado por palestra no TJSE
segunda-feira, 20 de setembro de 2021, 17h45
Como inserir a pessoa com deficiência corretamente no mercado de trabalho foi um dos objetivos da palestra ministrada por Antônio Luiz dos Santos, administrador de empresas e Presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe, na manhã desta segunda-feira, 20/09, no canal TJSE Eventos, no YouTube, onde ficou gravada. Amanhã, 21/09, comemora-se o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Por isso, o Setembro Verde é o mês dedicado à promoção da visibilidade e inclusão social das pessoas com deficiência.
A palestra de hoje faz parte do Projeto Meses Coloridos, do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), que objetiva dar visibilidade a causas sociais e também à prevenção de doenças. O Presidente do Poder Judiciário de Sergipe, Desembargador Edson Ulisses de Melo, abriu o evento e lembrou que um dos eixos da atual gestão é o estímulo e respeito à cidadania. “Essa palestra de hoje é realizada no sentido de educar e preparar as pessoas para a convivência com os que têm deficiência, com mais empatia, compreensão e de forma inclusiva”, ressaltou.
O palestrante iniciou sua fala lembrando que o Poder Judiciário sempre abriu suas portas para a pessoa com deficiência. “O Judiciário foi o primeiro Poder a estar sensível à luta pela inclusão, criando seu próprio Comitê de Acessibilidade, que tinha a presença no nosso querido e saudoso Leonel Aquino”, destacou Antônio Luiz, lembrando que a posse do atual Conselho foi realizada no Palácio da Justiça, no início de 2019, oportunidade em que foram lançados importantes projetos voltados à pessoa com deficiência em Sergipe.
Conforme Antônio Luiz, existem em Sergipe cerca de 500 mil pessoas com deficiência, sendo aproximadamente 130 mil em Aracaju. No Brasil, menos de 1% das pessoas com deficiência que estão em idade ativa possuem emprego. O Presidente do Conselho salientou que há uma grande diferença entre emprego e trabalho. “O emprego é mais relativo à sobrevivência, algo que todos se submetem. Diferente do trabalho, que tem um significado, não é apenas um cargo que se ocupada sem ter nada a ver com seus sonhos”, esclareceu Antônio.
Por isso, ele falou sobre o ‘emprego apoiado’, metodologia que surgiu na década de 1980, nos Estados Unidos, para inserir pessoas com deficiência no mercado de trabalho. “Nessa metodologia, primeiro emprega-se a pessoa com deficiência e depois ela é treinada. Os resultados são mais positivos porque a pessoa transforma o emprego em trabalho, encontrando satisfação com a função exercida. A produtividade aumenta em função da melhoria da interação com os outros trabalhadores”, explicou Antônio Luiz.
Ao final da palestra, ele sugeriu algumas medidas para serem adotadas tanto pelo Judiciário quanto por empresas e órgãos públicos. Uma delas, foi o mapeamento das pessoas com deficiência dentro da instituição, para que as políticas públicas sejam aplicadas com mais eficácia; além da promoção de ações de capacitação. O Presidente do Comitê de Acessibilidade e Inclusão do TJSE, o Desembargador José dos Anjos, e a Diretora do Centro Médico do TJSE, Luciana Nobre, também acompanharam a palestra.
Fonte: TJSE