Políticas públicas de acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência são debatidas
quarta-feira, 22 de setembro de 2021, 13h15
A ministra Damares Alves e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, participaram de um bate-papo com o paratleta Wendell Belarmino Pereira, medalhista de ouro nos 50m nado livre, em Tóquio
Aimportância da inclusão e da acessibilidade na luta das pessoas com deficiência foi o tema do Bate-Papo Ciência e Tecnologia, com a participação da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves. Promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o evento celebrou o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado nesta terça-feira (21).
Assista ao bate-papo: Clique aqui.
Na oportunidade, a ministra colocou a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) à disposição para construir novos caminhos, a partir da articulação com os demais ministérios, para a garantia dos direitos deste público. "Esse tema é transversal, são vários órgãos trabalhando na pauta da inclusão da pessoa com deficiência. Entre os exemplos, essa interação com o MCTI demonstra os nossos esforços de alcançar a todos", afirmou.
Damares Alves alertou ainda sobre a importância de os gestores estarem atentos à inclusão das pessoas cegas. "Nesse dia especial eu deixo mais um desafio a todas as autoridades. Não façam mais uma live, não façam mais um vídeo, sem fazer a audiodescrição para as pessoas cegas e com baixa visão. Nós precisamos falar com todos, as intérpretes de Libras aqui presentes representam esse avanço. Se esta é uma nação inclusiva, não podemos deixar ninguém para trás", disse a ministra.
A ministra ainda destacou uma parceria que a Pasta vem construindo para elaborar um levantamento que vai avaliar a acessibilidade no País. "Precisamos saber se estamos incluindo de verdade no Brasil, além de orientar todas as políticas públicas. Esses indicadores de inclusão vão fazer a diferença e mostrar que a acessibilidade vai além de uma rampa ou de um corrimão rebaixado para a pessoa cadeirante", apontou.
Tecnologia
Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, é preciso investir em tecnologias assistivas, de forma a desenvolver aparelhos, equipamentos, tecnologias digitais e novos materiais que garantam o acesso a direitos, inclusive para os atletas paralímpicos. "Temos um Brasil diverso e diferenciado. Então, temos que levar para todos o acesso às novas soluções. Isso não é fácil, mas é possível", disse.
Ainda de acordo com o titular da Pasta da Ciência, Tecnologia e Inovações, as soluções também precisam atender o campo dos jogos e brincadeiras para as crianças. Nesse sentido, o MCTI desenvolveu a primeira amarelinha inclusiva do Brasil, em parceria com o Centro Brasileiro de Referência em Inovações Tecnológicas para Esportes Paralímpicos (CINTESP.Br), vinculado à Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Com braille e Libras, em breve o material estará disponível nos sites das instituições para imprimir e/ou adesivar.
Esporte
Também participante do evento, o paratleta medalha de ouro nos 50m nado livre nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Wendell Belarmino Pereira, possui baixa visão devido a uma doença chamada glaucoma congênito, que afeta a pressão ocular.
Durante o bate-papo, Wendell abordou os avanços na carreira e a importância da inclusão. "Fiquei muito feliz em ganhar o ouro, é difícil de explicar a sensação porque quando você consegue atingir aquilo que lutou por vários anos, passa um filme na sua cabeça", celebrou o atleta.
Fonte: MMFDH