Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

TJSC - Pesquisa do CNJ sobre saúde mental traça diagnóstico da Justiça em SC durante a pandemia

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022, 17h22

Os magistrados e servidores do Judiciário em Santa Catarina, nas esferas estadual e federal, relataram em pesquisa sobre saúde mental – promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – que episódios como cansaço ou sonolência diurna, dificuldade de concentração, alteração da rotina de sono, mudança de peso, dores musculares e dor de cabeça foram incorporados ao seu cotidiano durante a pandemia de Covid-19. Para a diretora de Saúde do TJSC, médica Graciela de Oliveira Richter Schmidt, essas alterações acontecem pelo estresse provocado pelo "novo normal". Ela aponta as iniciativas adotadas pelo Judiciário catarinense direcionadas à saúde mental.

 

O diagnóstico é baseado nas respostas de 896 magistrados e servidores que atuam em Santa Catarina, majoritariamente integrantes da Justiça Estadual (75%), ramo com mais unidades e força de trabalho em todo o Estado. No Brasil, a pesquisa foi respondida por mais de 21 mil magistrados e servidores, também com primazia (63%) de colaboradores lotados em tribunais de justiça e comarcas. Mulheres, tanto na pesquisa nacional como estadual, foram maioria entre as pessoas que participaram da pesquisa.

 

Para a diretora de Saúde, os longos períodos em casa, a dificuldade de realizar atividades físicas, o obstáculo ao lazer e o distanciamento familiar são situações que impactam o nível de ansiedade. “O Judiciário de Santa Catarina desenvolveu diferentes programas para a saúde mental de magistrados e servidores. Programas como o Acolhe, que oferta assistência emocional de forma remota, sigilosa e individual, por psicólogo ou assistente social da diretoria; o Rodas de Apoio, da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), que disponibiliza oportunidade de escuta, acolhimento e partilha das experiências vivenciadas durante o período de isolamento social e realização do trabalho remoto; o Conversa com o Gestor e o Mães do Judiciário, mediante parceria entre DS e DGP, foram algumas das iniciativas”, destaca a médica Graciela.

 

Em Santa Catarina, a idade média dos participantes foi de 43 anos; a maioria (97%) com registro de duas ou mais doses da vacina contra a Covid; e apenas 30% pertencentes a algum grupo de risco. Entre os ouvidos pelo CNJ, 46,7% afirmaram que perderam um amigo ou parente na pandemia e 38,7% avaliaram que sua situação de saúde piorou um pouco em relação ao período anterior à pandemia. Para mais da metade dos consultados (52%), a melhor forma de trabalho é a híbrida, com ênfase para o virtual.

 

Os dados, na avaliação da diretora de Saúde do TJ, vêm ao encontro das políticas adotadas pelo Judiciário catarinense no período da pandemia. “Um dos quesitos da pesquisa era que cada colaborador apontasse as iniciativas que a Justiça deveria adotar. E todas elas foram implementadas no TJSC e nas 111 comarcas, com a obrigatoriedade do comprovante vacinal, a implantação do rodízio de servidores do mesmo setor, o fornecimento de equipamentos de segurança, a necessidade de utilização da máscara e a adoção do trabalho híbrido entre outras ações”, anota a diretora.

 

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Imagens: Divulgação/Pixabay
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

 

 

 

Fonte: TJSC


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