Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPAC lança projeto “Saúde Mental Importa” com palestra sobre síndrome de burnout

terça-feira, 12 de abril de 2022, 13h42

 


O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Corregedoria-Geral, lançou nesta quinta-feira (07) o projeto “Saúde Mental Importa – Orientações para o Bem-Estar Profissional”, destinado a desenvolver uma política institucional permanente para garantir o bem estar de seus membros, servidores e colaboradores. A palestra de abertura teve como tema a síndrome de burnout e foi ministrada pela médica psiquiatra Caroline Formiga.

 

O encontro, que aconteceu de forma virtual, com transmissão pelo Zoom e na página do MPAC no YouTube, foi aberto pelo corregedor-geral Álvaro Luiz Araújo Pereira. A mesa de abertura também foi composta pela procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia Nogueira, que representou o procurador-geral de Justiça na ocasião; pelo secretário-geral Glaucio Oshiro, que atuou como mediador da palestra; pela diretora do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), Joana D’arc Dias; e pela psicóloga da Corregedoria-Geral, Aldaciane Dantas.

 

Em sua fala inicial, o corregedor-geral disse que o projeto foi inspirado em uma iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), denominada “Bem Viver: Saúde Mental no Ministério Público”. Ele ressaltou a relevância da abordagem do tema para conscientização, prevenção e manutenção de um ambiente de trabalho saudável, proporcionando assim um melhor atendimento à população.

 

“Nosso programa se destina a cuidar de nossos membros, servidores e colaboradores do MPAC e visa debater a respeito dessa temática que é tão importante e vem quase sempre envolta uma aura de desconfiança, preconceito, receio e até de vergonha. É necessário que todos nós trabalhemos com afinco para desmistificar as doenças mentais e os estados de aflição mental, e para isso é importante discutir com propriedade e com cientificidade essas questões, sobretudo com uma linguagem acessível para possibilitar o alcance dos objetivos do projeto”, afirmou.

 

A médica psiquiatra Caroline Formiga abriu sua palestra com a definição da síndrome de burnout, que segundo ela se caracteriza por três dimensões, todas relacionadas ao trabalho: sentimento de esgotamento ou esgotamento de energia, aumento da distância mental do emprego e redução da eficácia profissional.

 

“Esse esgotamento ocorre, por exemplo, quando uma pessoa acorda e vai trabalhar cansada, no domingo à noite ela já está angustiada porque vai começar a segunda-feira e toda aquela rotina laboral. Já o aumento da distância mental do emprego é uma sensação de despersonalização, onde a pessoa não se vê mais exercendo aquela função, o que a leva a não se dedicar mais como antes, e tem como consequência a redução da eficácia profissional”, explicou.

 

Caroline destacou a importância da observação dos possíveis sintomas e da prevenção, com intervenções individuais e organizacionais, reforçando que a síndrome de burnout pode levar à depressão e ansiedade, síndrome do pânico, entre outras. A médica ressaltou que, uma vez identificados os sintomas, é necessário buscar tratamento com os profissionais indicados, como psicólogos e psiquiatras.

 

“Como indivíduo, é importante adotar práticas saudáveis, ter um tempo para relaxamento, fazer uma atividade física, desligar do trabalho nos momentos de folga. Já para as organizações é fundamental buscar melhorias no ambiente de trabalho, estimulando um ambiente mais seguro, higienizado, promovendo atividades e cuidados aos seus funcionários”, disse.

 

 

 

Fonte: MPAC


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