Tarauacá: MPAC e Sesacre promovem oficina sobre saúde mental
sexta-feira, 13 de maio de 2022, 16h00
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Tarauacá, e a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) promoveram, na última quarta-feira, 4, uma oficina sobre saúde mental envolvendo toda a rede de proteção do município de Tarauacá. O evento também teve a colaboração da equipe técnica do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera) do MPAC.
A iniciativa integra o projeto “Diálogos Intersetoriais – Governança em redes de proteção e cuidado em saúde mental” do Natera, que visa a aproximação conceitual e operacional para um atendimento mais efetivo aos indivíduos e famílias com demandas de saúde mental (álcool e drogas e/ou transtornos mentais), situações de vulnerabilidades e violações de direitos.
Também participou da programação, a promotora de Justiça Criminal de Tarauacá, Luana Diniz Lírio Maciel, e representantes do Hospital Geral de Tarauacá, da Segurança Pública e do CAPS NÁUAS de Cruzeiro do Sul. A realização da oficina resulta de um pedido do MPAC tendo em vista a existência de diversos casos de pessoas com transtorno mental com ou sem uso abusivo de álcool e outras drogas, dentre outros casos que chegam à instituição e necessitam da atuação da rede de proteção.
Entre os principais temas abordados na oficina consta o encaminhamento equivocado de pacientes com transtornos mentais para comunidades terapêuticas; dificuldades no atendimento do Hospital Geral para os casos de pessoas com transtorno mental sem acompanhante e o planejamento visando o alinhamento da rede de proteção municipal e estadual. Devido a inexistência do trabalho em rede com a regional do Juruá, o MPAC instaurou um Inquérito Civil que versa sobre a ausência/ineficiência de estratégias de prevenção e atendimentos dos casos de saúde mental.
O promotor de Justiça Júlio César de Medeiros afirmou que a intenção do MPAC é subsidiar a implantação de um Caps em Tarauacá, além de criar fluxos de atendimento para casos de transtornos mentais. “A rede de proteção em si deve funcionar como uma verdadeiro “arranjo organizativo”, com diálogo e não apenas com a equipe do Hospital Geral, mas com o CAPS NÁUAS em Cruzeiro do Sul, reservando-se o Hosmac em Rio Branco apenas para casos extremos em que seja, de fato, absolutamente necessária uma internação compulsória”, disse.
Fonte: MPAC