Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Comissão aprova projeto que fixa multa para quem dificultar a matrícula de aluno com deficiência

quinta-feira, 02 de junho de 2022, 12h56

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Ordem do Dia. Dep. Rejane Dias PT-PI

Rejane Dias: "Todos ganham com a inclusão em sala de aula"

 

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que considera ato discriminatório à pessoa com deficiência dificultar a matrícula em instituições públicas ou privadas de ensino. Essa infração é punida com multa.

 

A proposta foi aprovada na forma do substitutivo elaborado pela relatora, deputada Rejane Dias (PT-PI), ao Projeto de Lei 5352/19, da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), e a dois apensados. Com isso, a relatora inseriu no texto principal os dispositivos previstos naqueles que tramitam em conjunto.

 

“É muito importante a tomada de consciência de que, ao incluirmos de verdade uma pessoa com deficiência numa sala de aula, todos estão ganhando, uma vez que aprendem a tão necessária lição do valor intrínseco da pessoa humana e do quanto é cruel e desumana a discriminação”, disse Rejane Dias.

 

A versão original do projeto já definia como discriminação impedir ou inviabilizar a permanência na escola, excluir o aluno das atividades de lazer e cultura, negar profissional de apoio capacitado para o atendimento do aluno e negar adaptação de currículo, além de outras previstas no Estatuto da Pessoa com Deficiência.

 

Graças aos apensados, serão ainda considerados discriminação a prática de colocar apelidos que causem danos físicos e psicológicos, inclusive por meio da internet ou de redes sociais, e o abuso de autoridade sobre o educando por meio de atos e atitudes que ocasionem danos emocionais e sofrimento psíquico.

 

O texto estabelece que os gestores das escolas poderão ser responsabilizados por atos de discriminação, com multa entre 3 e 20 salários mínimos. Professores e equipes deverão ser capacitados para acolher crianças, adolescentes e adultos com deficiência, propiciando-lhes inclusão em atividades educacionais e de lazer.

 

“Almejamos coibir, essencialmente, práticas institucionais que segregam e discriminam pessoas com deficiência, reafirmando a escola como um ambiente de inclusão e igualdade”, disse a autora do projeto, Sâmia Bomfim.

 

Tramitação


O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

 

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Rachel Librelon

 

 

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias


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