Combate à fome e à pobreza na COP30 é tema de reunião do MDS e embaixador André Corrêa do Lago
quinta-feira, 10 de abril de 2025, 14h26
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, se reuniu com o presidente da 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30) e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), André Corrêa do Lago, no dia 9 de abril, em Brasília.
No encontro, foram debatidas formas de dar maior visibilidade na COP30, prevista para ocorrer em Belém em novembro de 2025, ao tema do combate à fome e à pobreza e clima. “Discutimos a pauta do clima integrada ao combate à fome e à pobreza. São os mais vulneráveis os mais atingidos em situações de mudanças climáticas”, explicou Wellington Dias.
O evento representa uma oportunidade para colocar a agenda do combate à fome e à pobreza e da transformação dos sistemas alimentares no centro das discussões climáticas globais. “Há a necessidade de trabalhar a pauta que será resultado da conferência e, aqui, analisamos os eixos de fundamental importância. Dentre eles, os sistemas alimentares, em que se pensa desde a produção até o consumo, garantindo segurança alimentar, principal ponto no combate à fome”, afirmou o titular do MDS.
Como anfitrião da COP30, o Brasil se destaca no cenário internacional e pode liderar o debate sobre a relação entre mudança do clima, o combate à fome e à erradicação da pobreza. Entre os motivos está a vasta experiência na implementação de políticas públicas de proteção social, agricultura sustentável e programas estruturantes de combate à fome e à pobreza. O Brasil também lançou, em 2023, o Plano Brasil Sem Fome, que reconhece a conexão entre segurança alimentar, crise climática e erradicação da pobreza.
Além disso, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada sob a presidência do Brasil no G20, incorporou o tema climático como um dos eixos centrais de sua atuação. O documento fundacional da Aliança destacou a necessidade de expandir o acesso a financiamento climático para combater a fome e a pobreza, por meio de medidas como proteção social adaptativa, apoio à agricultura familiar resiliente e sistemas alimentares sustentáveis.