Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Projeto do TJ, UFSC e Prefeitura inicia reflexão com autores de violência doméstica

sexta-feira, 03 de maio de 2024, 13h05

 

Homens debatem machismo, violência e masculinidade  

 

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Prefeitura de Florianópolis iniciaram nesta semana (29/04) um novo grupo reflexivo, com 17 homens autores de violência doméstica. Fruto de uma parceria entre as duas instituições, os grupos são formados por autores de violência contra as mulheres que, nestes encontros semanais em um espaço disponibilizado pela Prefeitura, têm a oportunidade de refletir e repensar suas atitudes a partir de um diálogo coordenado por profissionais capacitados.

 

São discutidos temas como machismo, violência e masculinidade, entre outros. A novidade deste ano é a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Santa Catarina. Mayara de Andrade Bezerra, advogada indicada pela Comissão de Direito da Vítima e Combate à Violência Doméstica da OAB/SC, orienta um encontro preliminar com os homens para tirar dúvidas sobre o que é a Lei Maria da Penha, o que são as medidas protetivas e para que servem os grupos reflexivos.

 

O Juizado da Violência Doméstica da Capital encaminha esses homens ao grupo reflexivo, cuja participação não constitui pena, mas uma intervenção técnica com o objetivo de prevenir a violência. O projeto é desenvolvido sob a coordenação do professor Adriano Beiras (UFSC). Denominada de Projeto Ágora, a ação fomenta a criação, consolidação e execução de Grupos Reflexivos no Estado. Deu tão certo que rendeu a produção e a publicação de uma trilogia sobre grupos reflexivos, o mais completo mapeamento sobre o assunto no Brasil.

 

Uma das autoras da trilogia, Michelle Hugill, secretária da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do TJ, acredita que a importância dos grupos reflexivos vai além da efetividade das medidas protetivas de urgência. “É também uma ferramenta de prevenção, para que outras ações de violência não aconteçam”, afirma. 

 

 

Fonte: TJSC


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