MPMS: MP de Mato Grosso do Sul investiga o uso ilegal de metanol para proteger consumidores de bebidas adulteradas
por Marta Ferreira de Jesus e Anderson Barbosa
sexta-feira, 03 de outubro de 2025, 16h28
.png)
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, instaurou procedimento administrativo com foco na proteção do consumidor contra o risco de ingestão de bebidas adulteradas com metanol.
A atuação ocorre em meio a um cenário nacional preocupante, com registro de pelo menos cinco mortes e internações graves por intoxicação por metanol em estados como São Paulo e Pernambuco. A substância, altamente tóxica, pode causar cegueira irreversível e morte, mesmo em pequenas quantidades.
Como parte da investigação, o MPMS encaminhou ofícios à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária no Estado, à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), à Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), ao Procon de Campo Grande, à Secretaria de Estado de Saúde (SES/MS), à Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e à Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (AMAS).
Os ofícios solicitam informações sobre fiscalização, compartilhamento de dados e atuação conjunta, com prazo de dez dias para resposta. Existe a previsão de reunir representantes das entidades associativas para debater o problema e buscar soluções preventivas. Até o momento, não há fornecedor específico identificado como responsável pela comercialização irregular de metanol, o que reforça a necessidade de apuração técnica e integrada entre os órgãos competentes.
Você precisa saber:
O MPMS alerta a população sobre os riscos da ingestão de bebidas contaminadas com metanol. Fique atento aos seguintes pontos:
📢 Sinais de alerta após consumo:
📢 Dor de cabeça intensa
📢 Náuseas e vômitos
📢 Visão turva (podendo evoluir para cegueira)
📢 Antes de comprar bebidas alcoólicas:
📢 Verifique o lacre e a vedação da garrafa
📢 Leia o rótulo e o contrarrótulo: confira fabricante, endereço, registro e se as informações estão em português
📢 Compare a aparência original da marca (tipografia e cores)
Desconfie de:
📌 Rótulo rasurado ou amassado
📌 Garrafa riscada
📌 Embalagem de baixa qualidade
Se suspeitar de adulteração:
📍 Não consuma o produto
📍 Guarde a embalagem
Denuncie pelos canais da empresa ou diretamente ao MPMS/ Ouvidoria MPMS: ouvidoria.mpms.mp.br | Telefone: 127 Ou procure a Promotoria de Justiça mais próxima. Número dos autos no MPMS: 06.2025.00001028-1
Fonte: MPMS