Seis em cada dez brasileiros com hepatite B não receberam diagnóstico. Saiba como identificar a doença
segunda-feira, 31 de julho de 2023, 12h55
Medicamentos estão disponíveis para toda a população por meio do SUS
O Brasil tem pouco mais de 276 mil pessoas diagnosticadas com hepatite B, segundo dados divulgados no relatório Hepatites Virais 2023.
Entretanto, estima-se que exista pelo menos um milhão de pessoas convivendo com o vírus no país.
Isso significa que seis em cada dez infectados não conhecem o próprio quadro de saúde e, portanto, não tiveram a chance de receber tratamento. “É fundamental ampliarmos esses diagnósticos”, ressaltou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
A campanha “Hepatites, descubra se você tem”, lançada neste mês de julho, é um alerta para este público – lembrando que as Hepatites B e C podem não causar sintomas perceptíveis nos primeiros anos após o contágio. Neste 28 de julho, marcado pelo Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, o Ministério da Saúde reforça o alerta para alguns sintomas:
* Cansaço;
* Tontura;
* Enjoo e/ou vômitos;
* Febre;
* Dor abdominal; e
* Pele e olhos amarelados.
Entretanto, esses sinais podem ocorrer apenas em uma fase avançada da doença, décadas após o contágio. A melhor maneira de descobrir é procurando uma Unidade Básica de Saúde mais próxima e manifestar o interesse em fazer o teste para a doença.
Compromisso com a eliminação
As hepatites virais fazem parte das chamadas doenças determinadas socialmente, sobre as quais há um compromisso do Brasil para a eliminação nos próximos sete anos.
Em relação às hepatites B e C, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% das pessoas diagnosticadas, reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade.
Para atingir a meta, o Ministério da Saúde adotou um novo protocolo de tratamento. Dessa forma, o país vai mais que dobrar os atuais 41 mil pacientes em tratamento para Hepatite B, chegando a 100 mil.
As mudanças são baseadas em evidências científicas mais atuais e posicionam a política de combate à doença no Brasil como uma das mais avançadas do mundo.
Fonte: Ministério da Saúde