Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Fique atento aos sinais: crianças fazem parte do grupo de risco da dengue

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024, 18h28

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Foto: Myke Sena/MS

 

A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, afeta pessoas de todas idades. Mas é preciso ter atenção especial com bebês, crianças, adultos e idosos, que necessitam de ajuda para manterem-se hidratados.

 

Os sintomas costumam aparecer de 3 a 14 dias após a picada e são muito parecidos com os da gripe. Por isso, identificar os sintomas, em especial em crianças abaixo de 2 anos, requer cuidado e atenção, já que os pequenos têm mais dificuldade em expressar o que sentem. Além disso, crianças costumam ter quadros de febre e viroses com muita frequência, o que pode confundir os responsáveis e até os profissionais de saúde. O importante é não deixar a dengue passar despercebida.

 

Quais os sintomas da dengue em crianças?

 

Um alerta para os casos de dengue em crianças é que as dores, particularmente em crianças pequenas, se manifestam por choro intenso e irritabilidade. Outros sinais, assim como acontece nos adultos, são: febre alta, manchas vermelhas na pele, dores musculares e nas articulações, dor de cabeça ou atrás dos olhos, além de recusa de alimentos e bebidas, o que pode agravar a desidratação.

 

É exatamente no final do período febril que podem surgir manifestações mais críticas da doença. Por isso, é importante observar o agravamento dos sintomas iniciais, passando para vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, sangramento espontâneo, redução da quantidade de urina, sonolência ou irritação excessivas, extremidades frias.

 

Um dado importante é que em algumas crianças o início da doença pode ser muito leve e passar despercebido. Assim, quando o quadro grave se instala é como se fossem os primeiros sintomas possíveis de reconhecer.

 

O que devo fazer?

 

Se a doença evoluir para a forma grave e não for tratada, as complicações em bebês e crianças podem ser críticas e até levar a morte. Não espere em casa, procure uma unidade de saúde assim que perceber os sinais, mesmo se forem os considerados leves.

 

Todo cuidado é pouco. Crianças ainda não têm autonomia para tomar decisões e precisam de adultos que as protejam e sejam responsáveis pelo seu bem-estar e saúde.

 

Qual o melhor tratamento?

 

Tratamento eficiente é aquele que tem início rápido. Para isso, basta procurar ajuda médica. E lembre-se: não se automedique ou medique por conta própria as crianças.

 

No caso da dengue, o protocolo vai depender do estágio da doença em cada pessoa. Pode ser necessário a internação do paciente e hidratação venosa, em casos mais graves, ou apenas orientações para o tratamento em casa, com hidratação oral, repouso e controle dos sintomas, em quadros leves.

 

Atenção aos remédios utilizados. Paracetamol é um medicamento recomendado, mas anti-inflamatórios e antitérmicos que contenham ácido acetilsalicílico devem ser evitados.

 

Crianças devem tomar a vacina da dengue?

 

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de forma extremamente criteriosa.

 

De acordo com a fabricante da vacina, ela é autorizada para pessoas de 4 a 59 anos completos. Mas devido à capacidade limitada de produção do fabricante, o Ministério da Saúde e representantes de estados e municípios definiram que, inicialmente, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos são prioridade para vacinação no Brasil. A faixa etária concentra o maior número de hospitalização pela doença. As primeiras doses foram liberadas em 08/02/2024 e estão sendo aplicadas em crianças de 10 e 11 anos. À medida que mais doses forem chegando, a vacinação será estendida para 13 e 14 anos.

 

Levando-se em conta os dados epidemiológicos dos últimos anos, 521 municípios de regiões endêmicas, incluindo 16 estados e o Distrito Federal, receberão o imunizante em 2024. Consulte as unidades de saúde da sua cidade. O esquema vacinal é de duas doses, com intervalo de três meses entre cada aplicação.

 

Além da vacina, o que mais posso fazer?

 

Evitar a reprodução do mosquito Aedes aegypti, eliminando o acúmulo de água parada, é a melhor forma de combate à doença. E a sociedade é parte fundamental nesta ação, já que cerca de 75% dos focos do mosquito estão dentro das casas das pessoas. Dez minutos são suficientes para combater a dengue em sua casa.

 

Sendo assim, verifique vasos de planta, pneus, garrafas, calhas e todo local que pode se tornar um criadouro do mosquito e livre-se da água parada. Caixas d’água devem estar sempre tampadas.

 

Além disso, passe repelente nas crianças, principalmente durante o dia. O uso de telas protetoras nas janelas e mosquiteiros nos berços e camas também ajudam na prevenção da dengue. E receba os agentes de endemias em sua casa.

 

Fonte: Ministério da Saúde


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