Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Empresa acusada pelo MPF por plantio ilegal no Tocantins é condenada a pagar R$ 22,4 milhões por danos

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023, 11h31

Produtora de grãos foi investigada pelo MPF e pelo Ibama nos trabalhos que incluíram a Operação Shoyo Matopiba, em 2018.
 

Foto de um martelo em madeira, também chamado de malhete ou martelo de juiz. O objeto é um dos símbolos do direito e da Justiça. Ao lado do martelo, a palavra "Sentença".

Arte: por rawpixel.com, via freepik.com


A Justiça Federal condenou uma empresa acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) por utilizar ilegalmente áreas no Tocantins que deveriam ter sido destinadas à recuperação ambiental. A produtora de grãos Diamante Agrícola foi condenada ao pagamento de R$ 22,4 milhões por danos ambientais e por danos morais coletivos. A sentença foi proferida nessa segunda-feira (13).


As duas áreas utilizadas ilegalmente para o plantio de grãos – principalmente arroz, soja e milho – ficam em Lagoa da Confusão e somam quase mil hectares. A Justiça também obrigou a empresa a apresentar, dentro de 90 dias, plano de recuperação dessas áreas degradadas.


O uso das áreas tinha sido embargado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2011, após a constatação da ocorrência de desmatamento ilegal. Apesar da proibição, a área continuou sendo utilizada, conforme o MPF e o Ibama identificaram em 2018, durante as investigações que incluíram a realização da Operação Shoyo Matopiba.


O descumprimento do embargo também foi constatado a partir da análise da produção e comercialização de grãos, via registro de fontes de financiamento, análise de dados espaciais e imagens das áreas embargadas.


Processo 1001665-40.2018.4.01.4300 – 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Tocantins


Íntegra da sentença


Consulta processual

Fonte: MPF.


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