Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Jornada do Paciente com Escoliose celebra parceria com o TJ, que possibilitou diminuir a fila de cirurgias pediátricas no RS

terça-feira, 01 de julho de 2025, 14h52

Com o objetivo de incentivar a produção e a troca de conhecimento, e também para celebrar o termo de cooperação firmado com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), foi realizada, nessa segunda-feira (30/06), a Jornada do Paciente com Escoliose: Abordagem Multidisciplinar. O Judiciário repassou R$ 6 milhões à Pasta para atender às demandas do Programa Escoliose, auxiliando na redução da judicialização dos casos e agilizando o andamento da fila de espera pela execução dos procedimentos cirúrgicos.

 

A Juíza-Corregedora Nadja Zanella, do Comitê de Saúde RS/CNJ, também é a gestora dos termos de cooperação e representou o Poder Judiciário no evento. A magistrada lembrou que a iniciativa nasceu em 2023, capitaneada pela Administração do Tribunal de Justiça gaúcho (TJRS). Ela celebrou o fato de a parceria estar fazendo a diferença na vida de tantas pessoas.

 

"O envolvimento do Poder Judiciário nessa solenidade já demonstra que precisamos atuar em cooperação. Não só entre os Poderes, mas também entre os muitos profissionais que trabalham no pré, durante e no pós-cirúrgico. O Presidente do TJRS, Desembargador Alberto Delgado Neto, costuma dizer — e eu reitero aqui — que somos Poderes independentes, porém a Constituição também determina que esses Poderes devem trabalhar em harmonia, o que significa cooperar para uma sociedade mais justa e solidária. Isso deve contagiar a todos", afirmou.

 

 

Mulher branca, cabelos ruivos, curtos e lisos, usando óculos, falando ao microfone, no púlpito de madeira
Juíza-Corregedora Nadja Zanella representou o Judiciário no encontro e destacou a importância da
atuação em parceria entre Poderes e profissionais de diferentes áreasCréditos: Renata Bencke - DICOM/TJRS

 

 

Programa Escoliose

 

A escoliose é um desvio na coluna vertebral que atinge cerca de 2% da população mundial (OMS). No Brasil, há cerca de 6 milhões de pessoas com esse diagnóstico. Para agilizar o andamento da fila de espera para crianças e adolescentes com a condição no Rio Grande do Sul, o Programa Escoliose, do governo gaúcho, foi ampliado com o apoio do TJRS.

 

A cirurgia visa corrigir a escoliose pediátrica, um desvio postural causado por uma curvatura da coluna vertebral que afeta as regiões lombar, torácica ou cervical, provocando dor, limitação de movimentos e até problemas nutricionais e respiratórios. Devido à complexidade do procedimento, é necessário que ele seja realizado por equipe especializada, o que justifica a escolha de hospitais de referência para o uso dos recursos do programa estadual.

 

O Diretor do Departamento de Gestão de Atenção Especializada da SES/RS, Marcelo Reidel, agradeceu a parceria com o TJRS: “Vocês têm sido grandes parceiros, e o Estado do Rio Grande do Sul, a população gaúcha, agradece muito.” Os representantes dos hospitais especializados detalharam como a cooperação ajudou a oferecer uma perspectiva melhor a pacientes e suas famílias. A Diretora Executiva do Hospital Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Gisele Nader Bastos, informou que, até o momento, a instituição já realizou 62 procedimentos cirúrgicos. “E o mais bacana de tudo é ver as famílias realizadas com esses resultados. É quando a gente vê uma mãe, um pai, que veem seu filho retornando a alguma atividade, retomando a ida à escola.”

 

Representando o Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, o Superintendente Executivo Ilário De Davi destacou que, com o repasse de verbas, foi possível executar quase 70 procedimentos em pacientes de 45 municípios, na faixa etária entre 15 e 17 anos. “Então, realmente, é um resultado fantástico, importante, bonito”, frisou. A Superintendente Geral do Hospital São Carlos de Farroupilha, Janete de Fátima Toigo D’Agostini, ressaltou que a instituição tem 91 anos de existência e é referência para 34 municípios na alta complexidade em Traumato-Ortopedia. “A diferença entre quando eles entram no hospital e, depois, quando saem e voltam à vida, à sociedade, não tem preço. E a gente agradece imensamente ao TJRS por proporcionar a todos essa condição.”

 

FONTE: TJRS


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