Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

TJPR: ESPAÇO LAÇOS E AFETOS COMPLETA TRÊS ANOS DE ATUAÇÃO NO JUDICIÁRIO PARANAENSE

quarta-feira, 05 de novembro de 2025, 12h54

Um evento na terça-feira (04/11) no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) celebrou o terceiro ano de funcionamento do projeto Laços e Afetos. Desde 2022, de forma pioneira, o Judiciário paranaense oferece no Centro Cívico, em Curitiba, um espaço lúdico e de acolhimento para a realização de visitas assistidas e monitoradas com crianças, adolescentes e idosos. 
 


A iniciativa atende casos provenientes das Varas da Família, Varas da Infância e da Juventude e Varas Descentralizadas do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba. No local, é realizado um atendimento multidisciplinar com profissionais especializados como psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. “O Laços e Afetos veio com essa proposta de suprir uma lacuna, oferecendo ao jurisdicionado um local seguro, tecnicamente preparado para tornar efetivas as decisões judiciais ligadas à convivência familiar. Nosso objetivo é criar laços onde existem afetos que, naquele momento, não estão harmonizados”, explicou a idealizadora e coordenadora do projeto, desembargadora Lenice Bodstein. 


 
O Laços e Afetos recebeu 424 processos somente em 2025. Além das salas de visitas monitoradas, o espaço conta com uma recepção com entradas individualizadas, área externa com brinquedos e fraldários. “Temos uma equipe bem estruturada, cada um com a especificidade da sua profissão bem delimitada. Nestes três anos de funcionamento, vimos muitos vínculos familiares sendo estabelecidos ou restabelecidos”, disse a servidora Arlete Maria Campestrini Kubota que integra a equipe multiprofissional do projeto. 


 
O evento alusivo ao terceiro aniversário do projeto contou com diversas palestras que trataram de temas como alienação parental e o atendimento a crianças e adolescentes autistas. O psiquiatra Luiz Renato Carazzai valorizou a qualificação técnica nos atendimentos realizados no espaço. “O Tribunal abriu espaço para essa questão mais científica de preparação dos profissionais que fazem este acolhimento às famílias que estão em um momento de crise. Isso é muito importante”. 


 
A psicóloga forense Paula Gomide destacou a integração entre diferentes profissionais no projeto. “Essas parcerias são fundamentais. Cada área tem um tipo de formação - tanto teórica, quanto metodológica - e juntas vão encontrar as melhores soluções em cada um dos casos”. 


 
O espaço cumpre a Lei de Alienação Parental, a qual propõe que crianças e adolescentes tenham o direito de se reunirem em local adequado para uma visita assistida ou monitorada. De acordo com a legislação, as visitas podem ser feitas no fórum em que tramita a ação, mas o TJPR foi pioneiro ao estabelecer uma unidade de atendimento multidisciplinar que integra funcionalidade e acolhimento, com ambientes adaptados às diferentes necessidades etárias e emocionais, estimulando vínculos afetivos positivos para todos os envolvidos. 

 

 

FONTE: TJPR


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