Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

LUNETAS: Série ‘Crianças e celular’: um papo sobre o mundo digital

quarta-feira, 05 de novembro de 2025, 16h52

É difícil competir com a tela que brilha, vibra e distrai. Mas o que acontece quando o celular vira companheiro de infância? Na estreia da série “Crianças e celular”Lunetas ouviu especialistas para entender o que está sendo feito para cuidar das infâncias no ambiente digital e como encontrar o equilíbrio em um mundo cada vez mais hiperconectado.

 

“Quando uma criança se acostuma ao prazer instantâneo gerado ao consumir um conteúdo pelo celular, ela perde oportunidades de viver a realidade”, afirma a pediatra Bruna Cappellano Casacchi. “Além disso, o uso excessivo diminui a oportunidade de experiências essenciais para o desenvolvimento e para a criação de habilidades socioemocionais.”

 

Para Rodrigo Nejm, doutor em psicologia social e especialista em educação digital no Instituto Alana, “especialmente quando o celular não é configurado com restrições de acordo com a idade, as redes sociais podem disseminar violência, drogas, pornografia. Isto é, conteúdos que não são feitos para a faixa etária e que causam sérios danos.”

 

Mães e pais em busca de equilíbrio

 

Mesmo diante de realidades diferentes (rede de apoio, tempo, renda, moradia), as dúvidas se repetem: quando, como e até onde permitir o acesso a celulares e redes sociais?

 

Se de um lado os dispositivos digitais já fazem parte da rotina das famílias, do outro crescem os alertas sobre os impactos do uso excessivo e sem mediação na infância. Entre os efeitos conhecidos estão atraso no aprendizado e no desenvolvimento cognitivo, transtornos de sono, dificuldades de concentração, aumento da ansiedade, questões relacionadas à autoimagem e prejuízos nas relações presenciais.

 

Se você se reconhece em alguma destas situações, esta série é para você:

 

  • “Todos os amigos têm celular — menos meu filho — e ele se sente excluído”;
  • “Discutimos diariamente por causa do tempo de tela”;
  • “Dei um aparelho e me arrependi”;
  • “Sem rede de apoio, as crianças passam horas no telefone”;
  • “Meu adolescente criou conta em uma rede social sem permissão”.

 

Nas próximas reportagens, vamos falar de equilíbrio, riscos e limites por faixa etária, configurações de segurança e acordos em família — com menos culpa e mais presença.

 

FONTE: LUNETAS


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