Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Advogado que não podia ter filhos adota três crianças: 'o pai mais feliz do mundo'

segunda-feira, 12 de agosto de 2019, 08h41

Dois deles são irmãos e foram adotados em Araguaína. Rubens Araújo da Silva disse que a família está quase completa: 'pode ser que venha mais uma menina'.

Por Jesana de Jesus, G1 Tocantins

11/08/2019 10h25  Atualizado há 23 horas


Casal de Araguaína adotou três crianças  — Foto: Arquivo Pessoal

Casal de Araguaína adotou três crianças — Foto: Arquivo Pessoal
 

"O pai mais feliz do mundo", é assim que o advogado Rubens Araújo da Silva se sente. Em 2005, três anos depois de se casar, descobriu que ele não poderia ter filhos. Naquele momento parecia que o sonho da paternidade era impossível de se realizar. A decisão de entrar na fila de adoção mudou a vida dele e da mulher Thelma da Silva Oliveira. O primeiro filho veio em 2010. E depois outras duas crianças chegaram para completar a felicidade. Para ele, a família está quase completa: "pode ser que venha mais uma menina", disse ele.
 

G1 contou a história de Rubens no Dia dos Pais em 2013. Naquela época, fazia três anos que ele tinha adotado a primeira criança. João Paulo chegou em 2010 com cinco meses. "João Paulo salvou meu casamento. O menino nasceu em julho de 2010 e em dezembro a criança estava em casa. A sentença que concedeu a adoção saiu no dia 5 de março de 2012. Foi inesquecível a emoção que eu e minha esposa sentimos após a audiência, porém o momento de maior emoção foi ter a certidão de nascimento de João Paulo Araújo Oliveira, o sonho de ser pai se realizava naquele momento", relatou.

 

João Paulo foi o primeiro a ser adotado — Foto: Rubens Araújo/Arquivo Pessoal

João Paulo foi o primeiro a ser adotado — Foto: Rubens Araújo/Arquivo Pessoal
 

Anos se passaram e à medida que João Paulo crescia, enchia a família de felicidade. No entanto, os pais perceberam que ele estava se sentindo sozinho. Rubens e Thelma decidiram entrar na fila de adoção novamente e conseguiram adotar mais um menino. Pedro chegou com 1 ano e três meses, em 2015. "Uma criança incrível, amável que contagiou toda família", diz Rubens.
 

Em 2017, o advogado soube que uma irmã biológica de Pedro também estava no centro esperando para ser adotada. O desejo de unir os irmãos se juntou com a vontade de ter uma menina. "Entramos com um pedido de adoção. Em julho de 2017, o juiz permitiu que ela passasse as férias com a gente, fomos para a praia e ela participou dos encontros e festas da família. Nesse período, o juiz concedeu a liminar. Ela deveria voltar para o centro no final de julho, mas já ficou conosco".
 

Rubens conta que Mariana, de 9 anos, chegou para completar a felicidade. "Ela é carinhosa e muito preocupada com a gente".

O pai conta que a relação entre ele e os filhos é excelente. "Não tem diferença de biológico ou adotado. Me sinto um pai realizado".

 

João Paulo, Pedro e Mariana completam a família de Rubens e Thelma — Foto: Arquivo Pessoal

João Paulo, Pedro e Mariana completam a família de Rubens e Thelma — Foto: Arquivo Pessoal

 

 

O começo

 

Rubens e Thelma se casaram no ano de 2002 e sempre sonharam com a chegada das crianças. Após três anos, eles perceberam que havia algo errado, fizeram exames e descobriram que Rubens não podia ter filhos. Ele, então, decidiu fazer um tratamento que durou oito anos. Sem sucesso, o casal decidiu optar pela fertilização in vitro (técnica médica de reprodução). Depois de 40 dias grávida, a mulher perdeu o filho.
 

O pai conta que se sentia culpado e até pensou em se separar da mulher. "Eu já estava com a consciência pesada, por me sentir impossibilitado, naquele momento, não por realizar meu grande sonho, mas por estar impedindo a minha esposa de realizar o sonho dela. Eu cheguei até a pensar em pôr fim ao casamento."
 

Foi quando, em 2009, Rubens decidiu entrar na lista nacional de adoção.
 

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FONTE: https://g1.globo.com


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