Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Automutilação e suicídio: como abordar com a turma

quinta-feira, 24 de outubro de 2019, 11h11

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que determina que hospitais e escolas devem notificar, de forma sigilosa, casos de automutilação e suicídio. A legislação instituiu também a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. Segundo dados divulgados em setembro do ano passado pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 5,8 suicídios por 100 mil habitantes em 2016, com um caso a cada 46 minutos.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo todo. A entidade elaborou um Manual para Professores e Educadores, dedicado aos profissionais considerados fundamentais no combate ao problema entre adolescentes.

 

Uma reportagem feita pela repórter Júlia Marques mostra que a preocupação com o problema já tem mobilizado ações em escolas, consultórios e universidades. Algumas iniciativas partem inclusive dos próprios estudantes, que formam grupos de apoio com a orientação de especialistas.

 

Usando a reportagem e o manual da OMS, desenvolva discussões em sala de aula sobre os principais fatores de risco, sinais de alerta e maneiras de prevenir o suicídio.

 

 

PROPOSTAS DE ATIVIDADES

 

1 - Sociologia

 

Discuta com os alunos: como as ideias de Émile Durkheim sobre o suicídio, elaboradas na França do século 19, se relacionam com o tema nos dias de hoje?

 

2 – Políticas públicas

 

Proponha um debate: as iniciativas do poder público no combate e prevenção à automutilação, ao suicídio e a outros problemas relacionados são eficientes? Que outras ações e projetos os alunos conhecem? O que mais poderia ser feito? 

 

3 – Transtornos psicológicos

 

Pergunte aos os alunos o que eles sabem sobre depressão e ansiedade. Depois, peça a eles que pesquisem sobre o tema e desenvolvam um trabalho com suas percepções sobre o assunto. O objetivo é desmistificar essas doenças e quebrar preconceitos.

 

4 – Sem rótulos

 

Proponha uma atividade para debater os rótulos que são impostos aos adolescentes e discuta as consequências que isso pode ter no desenvolvimento de cada um. É um bom momento para trabalhar as diferenças e as particularidades dos alunos, mostrando que ser diferente é normal.

 

5 – Internet

 

Questione os alunos sobre o uso das redes sociais pelos adolescentes. Eles acham que o uso exagerado e certos comportamentos influenciam na autoestima? A realidade mostrada por personalidades das redes sociais pode deixá-los descontentes com a sua própria realidade? O que eles podem fazer para diminuir esses efeitos negativos das redes sociais?

 

6 – Habilidades socioemocionais

 

Proponha atividades que incentivem trabalhos em grupo e fortaleça a empatia entre os alunos. As habilidades socioemocionais também podem ser trabalhadas em conjunto com o psicólogo da escola ou da comunidade, por meio de palestras explicativas sobre temas pertinentes à saúde mental da turma (depressão, ansiedade, uso de álcool e drogas, entre outros). Aproveitar momentos de grande debate sobre o tema, como o Setembro Amarelo, é uma opção.

 

 

FONTE: https://educacao.estadao.com.br/

 

 


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