TJMT: NugJur realiza Círculo de Construção de Paz em CAPS de Campo Verde
segunda-feira, 07 de outubro de 2019, 10h06
O olhar restaurativo, comunicativo e de aproximação foi a vivência aplicada na Comarca de Campo Verde (131 km ao sul de Cuiabá) ao longo desta semana pela equipe do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O trabalho foi voltado para a pacificação social, por meio dos Círculos de Construção de Paz, que transformam, resolvem conflitos respeitando o direito de manifestação do outro.
Dessa vez a experiência foi única, tanto para a equipe do NugJur quanto para profissionais e pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade, já que a prática restaurativa não havia sido empregada, ainda, em ambiente como esse.
“Foi incrível! Ainda não tínhamos atendido pacientes com transtornos e foi muito boa essa experiência. Chegaram para o círculo totalmente fechados, afastados e saíram de lá leves, se abraçando”, relatou a instrutora do NugJur, Ana Tereza Pereira Luz.
Participaram 15 adictos e outros 15 pacientes com transtorno mental, além de 11 funcionários do Caps, que cuidam dos pacientes. “O Caps de Campo Verde é um lugar bonito, com pessoas atenciosas”, acrescenta.
No Fórum de Campo Verde foi realizado Círculos de Construção de Paz com cerca de 10 adolescentes em conflito com a lei que cumprem medida em liberdade assistida e ao longo da semana a facilitadora do NugJur, Roseli Coelho Barreto atendeu escolas na cidade.
O Círculo de Construção de Paz é uma metodologia feita por meio de uma roda de conversa, onde todos ficam em mesmo nível de igualdade, dando vez e voz para cada um falar das coisas que vêm do coração, de si mesmo. Não são determinadas questões relativas à racionalização. É uma forma de dar o poder de fala àqueles que integram o Círculo de Construção de Paz e o reflexo prático é a convivência de forma mais harmoniosa, com resultados positivos.
Essa é uma prática restaurativa que cumpre determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e a introdução da Justiça Restaurativa no Sistema de Justiça Brasileiro, de acordo com as Resoluções 125, de 29 de novembro de 2010, e 225, de 31 de maio de 2016, ambas do CNJ.
Dani Cunha
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