Em encontro sobre Justiça Restaurativa, MP-AP e Tjap compartilham experiências exitosas realizadas na comunidade do Ambrósio e escolas públicas
segunda-feira, 22 de junho de 2020, 10h37
Publicado: 19 Junho 2020
Em encontro sobre Justiça Restaurativa no Amapá, promovido nesta quarta-feira (17), pelo GT Mediare e a Comissão de Mediação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Rio de Janeiro), a promotora de Justiça do Ministério Público do Amapá, Silvia Canela, e a juíza Larissa Noronha, do Tribunal de Justiça do Estado (Tjap) compartilharam experiências exitosas desenvolvidas pelo MP e Judiciário na comunidade do Ambrósio e escolas de Santana.
A promotora Silvia Canela é coordenadora do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas (NMCPR) do MP-AP, e tem dedicado sua atuação e capacitação ao fortalecimento da Justiça Restaurativa no Município de Santana. Em razão do êxito na realização dos projetos vem compartilhando a experiência com outros Estados e até outros Países. No encontro, apresentou o Projeto comunidade restaurativa, mencionando o potencial das Práticas Restaurativas para promover transformações profundas no meio social.
A representante do MP-AP falou como nasceu o projeto na Comunidade do Ambrósio, fruto do desejo de levar as práticas restaurativas à região, localizada na área portuária de Santana e, dessa forma, contribuir para a transformação social, estabelecendo relações mais saudáveis, atuando na prevenção da violência, resolução de conflitos por meio dos círculos de diálogos, empoderamento das pessoas e a busca por despertar o senso de pertencimento entre os moradores do lugar.
"Foram muitos os desafios encontrados, mas conseguimos enfrentar com muita persistência e espírito colaborativo. Os resultados são positivos desde o início do projeto. Percebemos que a comunidade do Ambrósio, sempre tão discriminada, passa a ser vista com outro olhar; perceptível também a diminuição dos índices de violência. A valorização externa e interna aumentou. Sentimos uma reconexão entre as pessoas e a sociedade", comemora a promotora.
Silvia Canela também detalhou algumas ações já realizadas, como resolução de antigos conflitos, formação de facilitadores e a pintura artística das casas, contribuindo para melhorar a estética das moradias e, com isso, criando um ambiente mais lúdico, que estimule a sensação de bem estar e eleve autoestima dos moradores.
A juíza Larissa Noronha falou sobre o projeto Escola Restaurativa, outra parceria com o Ministério Público do Amapá (MP-AP), onde se aplicam as técnicas restaurativas para transformar o ambiente escolar em um local de convivência mais saudável entre alunos, pais, professores e corpo técnico. "O resultado também tem sido muito satisfatório", comemorou a juíza.
FONTE: www.mpap.mp.br
