TJMT: Projeto do Jecrim-VG premia alunos com melhores trabalhos sobre cidadania
sábado, 14 de novembro de 2020, 13h48
Alunos de duas escolas municipais de Várzea Grande atendidas pelo Projeto Escolar, do Juizado Especial Criminal e da Fazenda Pública de Várzea Grande, e que apresentaram os melhores trabalhos sobre cidadania na exposição lúdico-artística, foram premiados essa semana com brinquedos e certificados de honra ao mérito. A premiação é uma das etapas do projeto, que tem por objetivo valorizar e conscientizar o público infanto-juvenil sobre violência e drogas, com vistas à prevenção do problema.
O Projeto Escolar é um braço de um programa maior, o Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas, que tem por finalidade oferecer atendimento integral a dependentes químicos e seus familiares. Ele nasceu da necessidade de uma intervenção mais eficiente do Poder Judiciário em bairros onde as estatísticas apontavam maior números de ocorrências de violência doméstica, tráfico e uso de entorpecentes. E para alcançar essas comunidades, a porta de entrada foram as escolas.
“Mapeamos as escolas que pudessem ser um local de acolhimento da comunidade e também para que elas recebessem um atendimento diferenciado do Juizado, com justiça restaurativa; círculos de paz envolvendo professores, coordenadores e alunos; e também arrecadamos recursos e estabelecemos parcerias para reformar as unidades e criar bibliotecas, videotecas e salas de computação, para que os professores se sintam valorizados e os alunos tenham vontade de ir para a escola”, destacou a juíza Amini Haddad Campos, coordenadora do projeto e titular do Jecrim e da Fazenda Pública de Várzea Grande.
Essa semana foram premiados alunos de duas escolas municipais: Emanuel Benedito de Arruda e Napoleão José de Almeida. Mas no total, já são quatro unidades atendidas em Várzea Grande, incluindo as escolas Joaquim Cruz Coelho e Abdala José de Almeida, todas localizadas em bairros de grande vulnerabilidade social.
Segundo a magistrada, que integra a Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do Tribunal de Justiça, ao final da ação, as unidades educacionais continuam sendo atendidas e acompanhadas. “A diferença de quando a gente chega na escola até o fim do projeto, quando fazemos uma nova inauguração, é muito grande. No olhar das crianças, dos professores, na percepção de valorização da comunidade, vemos que muitos frutos estão sendo colhidos e isso nos deixa muito felizes”, ressaltou.
Atendimento integral – Além do Projeto Lar, o Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas também traz no seu bojo o Projeto Lar, que tem por finalidade capacitar pessoas e famílias envolvidas em processos em trâmite na unidade judiciária, sendo que um grande número desses processos é referente a dependência química. “Nós fazemos atendimento dessas pessoas e as direcionamos para cursos profissionalizantes no Senac, Senai e Senar. Temos empresas parceiras que pagam os cursos para aqueles que não podem pagar e, dessa forma, oferecemos uma formação ao cidadão, ou seja, ele sai dali com a oportunidade de recomeçar a vida”, explica Amini Haddad.
fonte: TJMT