TJGO: Webinário debate sobre os reflexos do isolamento social na primeira infância
quarta-feira, 18 de novembro de 2020, 18h46
Aconteceu, na tarde desta terça-feira (17), webinário sobre o tema "Os reflexos do isolamento social na primeira infância", promovido pelo Poder Judiciário do Estado de Goiás, numa parceria entre a Coordenadoria da Infância e da Juventude de Goiânia e a Escola Judicial de Goiás (Ejug).
A abertura do evento foi realizada pela juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Sirlei Martins da Costa, que ressaltou, não apenas a fragilidade emocional das crianças, em tempos de pandemia, mas também as sérias consequências econômicas que resultam em recessão e desemprego. “Outro grave aspecto do isolamento social para as crianças da primeira infância é o prejuízo quanto ao desenvolvimento cognitivo, além da maior vulnerabilidade à violência doméstica, já que estão limitadas ao convívio familiar”.
A coordenadora da Infância e da Juventude no TJGO e titular do Juizado da Infância e da Juventude da comarca de Goiânia, juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, abordou o Marco Regulatório para a Primeira Infância – Lei nº 13.257/2016, como instrumento normativo, que determina princípios e diretrizes para o estabelecimento de políticas públicas voltadas para a primeira infância, “levando em consideração a relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento do ser humano”. Ela também debateu sobre a adesão do TJGO ao Pacto Nacional pela Primeira Infância, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a finalidade de fortalecer as instituições públicas voltadas à garantia dos direitos previstos na legislação brasileira e de promover a melhoria da infraestrutura necessária à proteção do interesse da criança, em especial, da primeira infância.
Os reflexos do isolamento social na educação infantil foi o tema abordado pela pesquisadora e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), doutora em Educação e pós doutora em Estudos da Criança, Ivone Garcia Barbosa. Ela salienta que a educação infantil não deve se basear em um modelo de aprendizado repetitivo, resumido ao apostilamento. “É de fundamental importância que a criança possa constituir-se como indivíduo, também por meio do outro, se apropriando de conhecimentos produzidos por seus grupos de convivência”.
Também participou do webinário o defensor público da área da Infância e Juventude, Tiago Gregório Fernandes. “Este debate é absolutamente prioritário, na medida em que busca meios e conhecimento para a proteção dos direitos fundamentais das crianças”, ressaltou. (Texto: Carolina Dayrell / Foto: banco de imagens - Centro de Comunicação Social do TJGO)
fonte: TJGO