TJPA: Saúde mental infantil é tema de live

Transmissão será pelo site da EJPA

Na pandemia, os conflitos se agravam também para a criança

Saúde Mental Infantil é o tema de uma live que será transmitida pela Escola Judicial do Poder Judiciário do Pará (EJPA) na próxima segunda-feira, 08, a partir das 17 horas. A palestra será conduzida pela psicóloga clínica infantil Thais Silva Lobato e mediada pela psicóloga do Poder Judiciário do Pará Maria Yvone Figueira Rodrigues. O evento, também aberto ao público externo, é uma iniciativa da Coordenadoria de Saúde do Tribunal de Justiça do Pará, por meio do Serviço de Apoio Psicossocial. Inscrições podem ser feitas no site da EJPA.

Os participantes aprenderão a identificar alterações comportamentais nas crianças,  verificando a ocorrência de sintomas ansiosos ou depressivos, e também serão orientados sobre o que fazer diante dessas mudanças de comportamento; como procurar auxílio profissional e ter acesso a informações e dicas sobre a melhor forma de lidar com o emocional das crianças.

A palestrante Thais Silva Lobato afirma que grande parte da sociedade tem a visão de que, na infância, as crianças não têm problemas, o que é errado. “Crianças são seres em desenvolvimento que possuem conflitos, angústias, medos e muitas frustrações, por isso precisam de um direcionamento e acolhimento maior”. 

Segundo Thais, o momento de pandemia pode contribuir para o agravamento da saúde mental infantil. “Na pandemia isso veio mais à tona. Os pais não estão sabendo lidar com essas expressões emocionais  Muitas das perturbações encontradas na fase adulta possuem suas raízes na infância, por isso os problemas infantis psiquiátricos já possuem um número significativo. Isso é a realidade hoje na pandemia: muitas crianças com quadros ansiosos e depressivos. Então quanto antes for detectado um problema, as chances de sucesso no tratamento são extremamente altas”, avalia. 

A psicóloga Maria Yvone Figueira Rodrigues observa que as restrições de convivência surgidas com a pandemia de COVID-19 e o temor pela contaminação, ou mesmo de internação hospitalar e de morte causados pelo vírus podem acarretar mudanças de comportamento nas crianças, e podem ser indicativos de adoecimento emocional. “Isolamento, insônia, irritabilidade, briga com os pais, tristeza e outros são sinais que não devem ser subestimados, pois são uma maneira de a criança vivenciar a realidade e entender como algo ruim. Nessas horas, é preciso diálogo, acolhimento e validação ao que a criança diz”, explica

Palestrante

Thais Silva Lobato – Psicóloga Clínica Infantil, Educadora Parental, Consultora em Criação Consciente.

Mediadora

Maria Yvone Figueira Rodrigues  - Psicóloga pela Universidade Federal do Pará – UFPA; Especialista em Gestão e Liderança no Poder Judiciário; Especialista em Psicologia Social; 

fonte: TJPA