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Em Confresa, exposição quase termina em tragédia

segunda-feira, 05 de setembro de 2005, 00h00

Mesmo com a intervenção do Ministério Público Estadual (MPE) através do promotor de justiça, Leandro Volochko e do juiz substituto Gerardo Humberto Alves da Silva Júnior da Comarca de Porto Alegre do Norte (1.143 km de Cuiabá), concedendo liminar para suspender, imediatamente, uso das arquibancadas e do parque de diversões em confresa (1.016 km de Cuiabá )sem a devida Anotação Técnica de Responsabilidade (ART), laudo técnico de vistoria pelo Corpo de Bombeiros, CREA e sequer fiscalizados pela Prefeitura Municipal, os organizadores do evento descumpriram a ordem judicial, no qual os camarotes e parte da arquibancada do rodeio desabaram, deixando vários feridos.A liminar foi requerida pelo MPE, que está movendo uma Ação Civil Pública (ACP) em desfavor da JW Produções e Eventos e Parque de Diversões Kananéias, empresas que participaram da organização / montagem do rodeio e do parque de diversões, ambos participantes da 1ª EXPONARA -Exposição da Reforma Agrária do Norte do Araguaia, que aconteceu nos dias 1 a 4 deste mês em Confresa.A medida foi tomada no dia 1, pelo MPE como precaução para evitar tragédia como a ocorrida com o desabamento de uma arquibancada da 16ª Feicovag em Várzea Grande, vitimando cerca de 400 pessoas.O promotor de justiça da Comarca, Leandro Volochko, recorreu À justiça, depois de constatar a iminência de realizações de rodeios, shows e montagem de parque de diversões, para cerca de 20 mil pessoas, segundo a comissão organizadora, sem qualquer tipo de fiscalização da permanência de pessoas embaixo de frágeis estruturas metálicas, sendo que as tábuas do piso foram amarradas umas À s outras por um único e fino arame não galvanizado.Com relação ao parque de diversões, observamos uma total falta de manutenção por parte dos equipamentos, bem como uma completa falta de estrutura elétrica e fiações, disse Leandro Volochko, acrescentando que a maior preocupação da promotoria é pelo fato de não haver um responsável técnico para atestar a idoneidade das montagens.Vale dizer que estavam completamente em desacordo com os ditames legais e técnicos de eventos desse tipo, ressaltou o promotor de justiça, alertando para evitar novas tragédias, especialmente porque naquela região não há uma rede médico-hospitar adequada, nem de segurança preventiva para atender uma eventual tragédia.O magistrado acolheu os fatos apresentados pelo membro do MPE, lembrando, inclusive do ocorrido na 16ª Feicovag e visandoÂ a proteção do público que ao procurar um meio sadio de diversão poderá terminar encontrando uma tragédia, concluiu a decisão. Contudo, as empresas que tercerizaram os serviços não acataram a ordem judicial, e novamente, neste domingo, 4, o promotor de justiça fez outra medida de urgência, requerendo que fosse desmontada a estrutura do rodeio, para evitar desabamento. A medida, foi concedida pelo juiz da comarca. Cumpriram em parte, uma vez que o camarote que deveria ter sido desmontado, desabou sobre pessoas que buscavam abrigo da forte chuva e vento que aconteciam no momento do show do cantor Leonardo, provocando fraturas e ferimentos em varias pessoas.Vale lembrar que a estrutura do palco do show, tinha sido a princípio, aprovada por um engenheiro , mas cedeu durante um temporal que assolou a cidade. Leandro Volochko alerta que tinha tudo para acabar em uma grande tragédia, não fossem as intervenções judiciais e que o MPE vai processar os responsáveis penal e civilmente, para reparar todas as perdas e danos. As perícias e levantamentes dos prejuízos já estão sendo feitos.

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