Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Julier afirma que não vai deixar MT

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005, 00h00

O juiz federal Julier Sebastião da Silva disse nesta quarta-feira (21) não se sentir coagido pelas recentes investidas da OAB e afirmou que só sairá de Mato Grosso quando for promovido a desembargador federal. As declarações foram dadas durante visita do Ministério Público e do governo do Estado, que saíram em defesa do magistrado.

Após as representações da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso, e o artigo escrito por seu presidente contra o juiz federal Julier Sebastião da Silva, o Ministério Público e o governo do Estado saíram em defesa do magistrado, fazendo a visita de cortesia em que demonstraram seu apoio. Para o secretário-chefe da Casa Civil, Antônio Pagot, a Justiça não pode ser coagida. Temos visto entidades de classe que as ações parecem até mesmo coercitivas, disse.

A visita contou com a presença do procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, do promotor Mauro Zaque, do chefe da Casa Civil e do secretário de Segurança Pública, Célio Wilson.

Pagot comentou que Julier colaborou no desmantelamento do crime organizado e de diversas máfias que atuavam no Estado e que o juiz tem contrariado muitos interesses. Tem pessoas que se acham acima da lei, disse. Ninguém quer que os tempos negros em que quadrilhas comandavam o Estado retornem, completou.

O procurador-geral, Paulo Prado, afirmou que o Ministério Público é solidário ao juiz. Ele evitou polêmicas com a OAB e elogiou a atuação de Julier em seus 10 anos como juiz. Nas horas boas é fácil sermos solidários, por isso estamos aqui hoje e temos certeza que essa pequena turbulência será resolvida rapidamente, disse.

Na ocasião, Prado aproveitou para comentar que o Ministério Público cogita promover uma terceira fase da Operação Quimera. Julier disse achar importante o apoio das instituições.

Sobre as críticas do presidente da OAB, Francisco Fayad, que publicou um artigo intitulado Tchau Julier, o magistrado disse não fazer um juízo de valor político."Mas considero injusto e não aceito esse tipo de imputação. Ele também mandou um recado À  OAB destacando que atos judiciais devem ser questionados dentro dos processos.

Arcanjo - Sem saber exatamente qual, Julier afirmou que existe somente uma pendência na Justiça uruguaia impedindo a extradição de Arcanjo. Ele recebeu recentemente esta informação.

Questionado sobre uma possível data, Julier disse não haver. Comentou apenas que em fevereiro terei mais informações sobre o assunto, deixando a entender que o - comendador - não deve retornar ao Brasil antes do carnaval. (da Folha do Estado).

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