Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Permanecem presos acusados de tentativa de homicídio em Alto Araguaia

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005, 00h00

Continuam presos em Alto Araguaia, localizado a 426 quilômetros de Cuiabá, Carlos Magno Porfírio, conhecido por "Nego do Juracy" e Pedro Antonio Menegon, conhecido por Vereador Pedro Menegão. A prisão preventiva foi requerida pelo promotor de Justiça da Comarca, César Danilo Ribeiro de Novais e decretada em 25/11  pelo juiz substituto Walter Tomaz da Costa.

O magistrado recebeu também a denúncia contra os dois oferecida pelo representante do MPE e marcou para o próximo dia 9, para ouvir as testemunhas de acusação. Consta no inquérito policial que, no dia 22 de julho de 2005, por volta das 21 horas, na BR 364 à sentido Alto Araguaia/alto Garças, os dois tentaram matar Pedro Brito dos Santos, conhecido por Pedro Doca.

Dizem os autos que Pedro Menegon, atuando como intermediador, tentava uma composição entre a vítima e terceiras pessoas com os proprietários da Fazenda Graúna referente a um crédito de origem trabalhista, tendo em vista que essas pessoas haviam trabalhado na fazenda sem nada receberem.

A dívida seria em torno de R$ 100 mil, mas Menegon propunha R$ 60 mil, o que não foi aceito pelos ex-empregados. Diante disso, Menegon juntamente com Porfírio interceptaram Pedro Doca À  margem da rodovia e lhe perguntaram se receberia ou não os R$ 60 mil, quando Doca respondeu que a questão já estava com o advogado, portando nada mais poderia fazer.

Foi então que aconteceu a tentativa de homicídio, quando Porfírio desceu do carro de Menegon e disparou três tiros de revólver contra Pedro Doca. Não satisfeitos, arrastaram o corpo da vítima para um matagal onde a espancaram, mediante socos, pontapés e golpes de porrete e fugiram do local, acreditando que a vítima estivesse sem vida.

Apesar da gravidade das lesões sofridas, a vítima, no dia seguinte ao fato, foi socorrida por terceiros, sendo encaminhada para dois hospitais. O promotor de Justiça César Novais destacou na denúncia a grande repercussão no município, tendo em vista que os denunciados cometeram o crime por motivo fútil, utilizando recursos que dificultaram a defesa da vítima, usando arma de fogo contra uma pessoa que estava desatenta.

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