Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Famílias do Renascer em situação precária são removidas para o Sucuri

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006, 00h00

Redação 24HorasNews

Um total de 18 famílias do bairro Renascer, que antes viviam em precárias condições de vida e moravam À s margens do Córrego do Barbado, iniciaram neste sábado uma nova etapa de vida. Elas foram removidas para o conjunto habitacional Sucuri. Deixaram para trás o desconforto e a completa falta de infra-estrutura do Renascer, para morar em casas aconchegantes de 32 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, no Sucuri. Além disso, o residencial é servido de energia elétrica, água, telefone, asfalto e linhas de ônibus.

A transferência é resultado de um acordo entre Ministério Público Estadual (MPE), Prefeitura Municipal de Cuiabá (PMC) e Governo do Estado. A remoção de 54 famílias é uma necessidade urgente visto que a localização dessas moradias colocam em risco a segurança e saúde. Elas vivem numa Area de Proteção Permanente (APP) e suas residências foram erguidas a menos de 30 metros do córrego, situação que ameaçava a vida dessas famílias em função dos constantes transbordamentos daquele canal, durante período chuvoso.

A transferência foi efetuada pela Agência Municipal de Habitação Popular e Secretaria Municipal de Infra-estrutura (Seminfe) que enviou para o local 135 homens e nove veículos para auxiliar na mudança das famílias. Segundo o presidente da Agência, o vereador Júlio Pinheiro, a idéia é garantir a transferência de todas as 54 famílias durante o primeiro semestre de 2006. "Acreditamos que será possível transferí-las até o dia 8 de abril, data do aniversário de Cuiabá. Na verdade estamos antecipando a transferência dessas famílias, que entenderam a necessidade da remoção", esclareceu o dirigente.

   
Entre essas famílias está a do funcionário público municipal Márcio de Souza Neves, de 36 anos, lotado no Pronto-socorro e Hospital Municipal de Cuiabá (PSHMC). Morador há cinco anos do Renascer, ele vivia numa casa modesta, sem reboco, a poucos metros do córrego, junto com a esposa e mais três filhos, sendo um de nove meses. Apesar do apego sentimental pelo lugar, Márcio entende a necessidade da melhor. "Lá é melhor, sem dúvida. Cedo ou tarde a gente ia ter que sair daqui mesmo. Que bom que é para um lugar melhor. A infra-estrutura de lá nem se compara com a daqui", respondeu enquanto organizava a mudança dos seus pertences.


Naquele conjunto habitacional já vivem 182 famílias de desabrigados dos bairros Parque Geórgia e São Mateus transferidas para o local porque foram desabrigados pela chuva ocorrida em março do ano passado. Antes de serem removidas para o Sucuri, elas permaneceram alojadas no Ginásio da Lixeira. Para abrigar as demais famílias que serão removidas para o Sucuri, Júlio Pinheiro lembra que as obras já estão em andamento para a conclusão das casas, cujo loteamento é formado por 200 imóveis.

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