Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Governo atende MPE e doa casas a carentes

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006, 00h00

Dentre nove casas entregues ontem À  tarde, pela secretária de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setecs) Terezinha Maggi, com presença da procuradora de Justiça, Eunice Helena R. de Barros, representando o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, no bairro Pedra 90, quatro foram para famílias atendidas pela Promotoria de Justiça da Infância e Juventude.

A situação das pessoas contempladas é desoladora. Na casa entregue a Messias Rocha de Oliveira os moradores vão tentar reverter uma história de muito sofrimento. A mãe é falecida, uma filha vive na casa de retaguarda e o pai abandonou os filhos Messias e Rodrigo que até ontem moravam de favor numa pequena casa no bairro Tijucal.

A segunda família atendida pelo Ministério Público Estadual (MPE), Rosilene Maria Beatriz Leite, veio da zona rural para tentar a sorte em Cuiabá. O chefe da casa está preso no Capão Grande e uma das crianças tem distúrbios cerebrais. Assim, vivem de favor na casa de um cunhado, onde a convivência não é pacífica.

Rubens Alessando Silva Nascimento chegou inclusive a morar na loja Vivo, na Avenida Marechal Rondon. Ele disse que até ontem nunca soube o que é morar em uma casa, pois sobrevive nas ruas cuidando de carros, enquanto os filhos ficam no Lar das Crianças.

As chaves foram entregues também para Varlany Kátia Prado, dois filhos, um portador de deficiência auditiva A juiza Cleuci Terezinha Chagas também esteve presente À  solenidade, tendo em vista que a família de Elisa Augusta Marquês contemplada com uma casa foi atendida pela 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude.

A mãe trabalha como rejuntadora, tem quatro filhos que estudam em regime semi- aberto no Abrigo Bom Jesus. Todos acreditam que a partir de agora haverá melhores condições de vida e resgate da cidadania.

Mas, em um canto da sala havia uma cena que pode se denominar o retrato do descaso. A senhora Maria Nunes da Silva, 92 anos, estava encolhida, assustada, agarrada ao que sobrou da família - a sobrinha Jussara Gonçalina de Figueiredo. Ela foi abandonada pelos filhos e estava sendo assistida pela Setecs que doou uma cadeira de rodas e cestas básicas. É mais uma idosa que retrata quase um século de existência sem saber o significado dos direitos fundamentais que defendem qualidade de vida.

Compartilhe nas redes sociais
facebook twitter
topo