MPE requer indisponibilidade de bens de ex-prefeito de Pedra Preta
segunda-feira, 27 de março de 2006, 00h00
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE), através do promotor de Justiça de Pedra Preta (243 km de Cuiabá), Rodrigo Fonseca Costa, impetrou Ação Civil Pública (ACP) propondo indisponibilidade dos bens do ex-prefeito do município, Nelson Dias de Morais, e o servidor Dalmir Saraiva Deolindo, por ato de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
Segundo o promotor, Nelson Morais utilizou uma máquina da Prefeitura para podar a grama do campo de futebol da fazenda dele. Também usou mão-de-obra disponibilizada ao Executivo. O fato foi inclusive confirmado por testemunhas e gravado por um morador da cidade. Já Dalmir Deolindo, que, na época, era o coordenador de parques e jardins do município, foi quem organizou a operação.
Rodrigo Fonseca acrescenta que o ex-prefeito barganhava a mão-de-obra em troca de 'peladas'. Ou seja, os prestadores de serviço que contribuíssem podiam utilizar o campo de futebol para o lazer.
A ação foi ajuizada no último dia 16 de março. O documento requer ainda a indisponibilidade dos bens de cônjuges e dependentes dos acusados. Entre as propriedades, há parte do Hospital Dr. Noel Nutels, do ex-prefeito. De acordo com a ACP, a escritura do estabelecimento foi 'transferida fraudulentamente a terceiros em negócio simulado e nulo'. Os acusados têm 15 dias, a partir da notificação, para apresentar manifestação por escrito.