Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Presidente da Conamp destaca atuação do MPE no combate ao crime organizado

segunda-feira, 08 de maio de 2006, 00h00

Apesar de Mato Grosso estar sofrendo por causa de vários escândalos de corrupção e crime organizado, o presidente da Associação Nacional do Ministério Público (Conamp) e promotor de Justiça de São Paulo, José Carlos Consenzo, lembra que a situação no Estado não é isolada e integra problema que assola todo país. 'Se for levado em conta o contexto nacional, em Mato Grosso há poucos focos de organizações criminosas. A Operação Sanguessuga, por exemplo, não difere do caso do Palocci ou mesmo dos Anões do Orçamento'.

Neste quadro, destaca a atuação do Ministério Público Estadual (MPE) na defesa dos direitos do cidadão e do patrimônio público. 'O MPE reduziu Arcanjo a um criminoso comum, além de mostrar a influência dele no meio político. Apesar das dificuldades enfrentadas pela distância geográfica do Estado, o Ministério Público de Mato Grosso é um dos mais rejuvenescidos do país, tem a imagem de preparo e impõe respeito enquanto instituição'.

José Consenzo veio a Mato Grosso para participar da posse dos novos promotores e vitaliciamento de 16 profissionais, na sexta-feira (05). Na ocasião, lembrou que cada novo membro que ingressa é uma vitória para o MP e para a sociedade. 'O MP é um sacerdócio. Os promotores têm grande responsabilidade, pois precisam garantir o direito de cidadania, zelar pelo consumidor e pelo patrimônio público. Ele deve ter os olhos voltados para a sociedade, o coração, para os carentes, e as mãos, para o trabalho', finalizou José consenzo.

Ele, que acompanhou o caso do prefeito de Santo André, Celso Daniel, diz estar convencido de se tratar de crime político. 'Santo André era um grande caixa arrecadador e isto era conhecido pela sociedade. A situação não é diferente de outras cidades. Talvez em momento algum neste país, houve crise moral e ética de tamanha dimensão pela qual passamos hoje, onde quem coloca a mão no dinheiro público sai ileso. Por isso, lembro aos promotores que eles devem atuar como fiscais intransigentes do regime democrático'. Orienta ainda que é preciso ter bom senso, independência e experiência de vida. Mas ressalta que a pouca idade não interfere no trabalho dele. 'Experiência de vida hoje difere de antigamente. Hoje, desde que começa a estudar, a criança já conhece os problemas sociais do mundo'.

Considerando as dificuldades de perícia e investigação por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita o orçamento do MP a 2% da receita líquida do Estado, lembra que hoje o MP é uma das instituições mais baratas do governo. Isso porque, explica, o recurso retorna em ações de bloqueio de bens, improbidade, sonegação fiscal, entre outros. Acrescenta que pesquisa do Ibope demonstra que a instituição está entre as três mais respeitadas pela sociedade, junto com a imprensa e a igreja'.

Graciele Leite

Assessoria de Imprensa do MPE

3613 5146 // 9983 5935

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