País investe na recuperação de ativos para combater lavagem de dinheiro
quinta-feira, 18 de maio de 2006, 00h00
O foco de combate À lavagem de dinheiro no país não só é a prisão dos criminosos, mas a recuperação dos ativos (bens, direito e valores). De acordo com a procuradora da Fazenda Nacional Raquel Palmeira, como o fato deles estarem presos não impede que operem a organização criminosa, contratando laranjas, por exemplo, diz que a chave para acabar com a lavagem de capital é impedir que eles possam fazer uso do dinheiro ilícito.
'É como uma empresa, se não dá lucro, quebra. O governo quer combater o crime organizado retirando o dinheiro das facções ilegais. Para se ter idéia, dados indicam que a atividade criminosa movimenta 5% do Produto Interno Bruto do planeta'.
Para isso, ressalta que é importante haver capacitação dos agentes públicos, tanto em técnicas de investigação quanto conhecimento do sistema de recuperação dos ativos. Cita ainda a cooperação técnica entre órgãos estaduais, nacionais e de outros países. Isso porque, explica, quanto mais há demora para detectar a lavagem, mais difícil se torna a recuperação.
A procuradora diz, porém, que a atuação dos órgão públicos, como o Ministério Público Estadual (MPE) tem sido aperfeiçoada. Cita o exemplo, em Mato Grosso, da operação Arca de Noé, que culminou no seqÀ¼estro dos bens de João Arcanjo Ribeiro.
Raquel Palmeira também é coordenadora de Comunicação Institucional da Coordenação-geral de Articulação Institucional do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional.
Graciele Leite
Assessoria de Imprensa do MPE
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