MPE quer ressarcimento de diárias pagas pela Câmara de Nova Mutum
quarta-feira, 30 de agosto de 2006, 00h00
O presidente da Câmara Municipal de Nova Mutum e mais sete ex-vereadores e quatro ex-servidores do legislativo municipal estão sendo processados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por improbidade administrativa. Eles são acusados de enriquecimento ilícito por recebimento indevido de diárias equivalentes a pouco mais de R$ 35,6 mil. O valor foi pago a eles durante a gestão de 2001 a 2004.
O promotor Renee do Ó Souza requer ressarcimento da quantia, que deverá ser devolvida conforme reembolso individual de cada parlamentar ou funcionário. Também exige imposição de sanções previstas na lei 8.429/92, como suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios, perda da função pública, entre outras.
O MPE embasa a ação civil pelo relatório de viagens entregue pelos envolvidos no esquema. Segundo o promotor, o documento não contém informações que justifiquem o pagamento das diárias. E mais: apresenta explicações sobre atividades que contradizem À quelas exercidas pelo parlamentar ou ao trabalho na Câmara. 'Assemelha-se a gastos de interesse pessoal ou meramente político partidário', resume. Há exemplos daqueles que deslocaram-se até Cuiabá para apoiar determinado candidato ou para participar de reuniões de partido. Também existe registro de uma viagem supostamente realizada no dia 26 de dezembro e de outra na qual um vereador veio À Capital para encontrar um deputado durante período de recesso parlamentar.
Os ex-vereadores são Eurico Aparecido da Silva, Pedro Coccato Filho, Nilson Ferreira Guimarães, Sidney Roberto Duarte Ferreira, Plínio Cella, Clemente Franzener, além do atual presidente da Câmara Municipal, Joaquim Diógenes Jacobsem, e do ex-presidente Silvino Rupolo. Já os ex- servidores são Osni José da Silva, Leandro Felix Pereira, Edy Wilson Piccini e Ana Maria de Almeida. De acordo com a ação, Jacobsem e Coccato ocupavam a presidência da Câmara no período. 'Eles tinham o dever legal e regulamentar e fiscalizar o pagamento irregular de diárias. Mas foram coniventes por omitirem-se diante da situação', pondera o promotor.
Mais informações:
Assessoria de Imprensa do MPE/MT
Graciele Leite
(65) 3613 5146 /////9983 5935