Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPE promete fiscalização com rigor sobre empresas envolvidas

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006, 00h00

 

Juliana Scardua

Da Redação

A Gazeta

 

A titular da 12ª Promotoria Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Bardusco, declara que passada a primeira fase de confissões

espontâneas o Ministério Público (MPE) agora parte para fiscalizações rigorosas nas empresas que não aderiram ao protocolo

firmado com a Fecomério. A promotora reconhece que é impossível ao Estado reaver 100% do imposto sonegado na fraude

investigada pela operação Quimera.

 

A estimativa do MPE é que o esquema acumule um montante de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em ICMS com o desvio de notas fiscais

na entrada de mercadorias no Estado. Última parcial da Secretaria de Fazenda (Sefaz) aponta a recuperação de R$ 29 milhões

até o começo de dezembro, sonegados com a fraude entre 2004 e 2005.

 

"Essa situação de impunidade revolta, porque dá a impressão de que para o empresário vale a pena sonegar". A promotora avalia

que a demissão de 7 agentes de tributos estaduais (ATEs) e o pedido de abertura de processo administrativo na Sefaz contra

mais 5 servidores estão exercendo impacto interno direto para inibir a prática da corrupção e sonegação fiscal no Estado.

 

Ao todo foram apuradas nos trabalhos de perícia contábil 4,711 mil notas fiscais roubadas entre 9 empresas. Somente na casa

de um dos articuladores do esquema, foram flagradas 1,375 mil notas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na

primeira fase da operação, em setembro de 2005. As notas eram desviadas durante os plantões dos ATEs nos postos fiscais e

negociadas junto aos empresários, com o pagamento de propina de 1% a 4% sobre o valor do carregamento.

 

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