MPE analisa ação contra agentes prisionais
sábado, 30 de dezembro de 2006, 00h00
Patrícia Neves
A Gazeta
O Ministério Público Estadual (MPE) analisa o processo em que os agentes prisionais Augusto Alexandre de Barros Santa Rita, Leonildo Arruda Zark e Eliezer Vitorino da Silva, foram indiciados por crimes de facilitação de fuga de presos. O MPE pode requerer que novas diligências sejam realizadas ou ainda solicitar a prisão deles. Em setembro passado, o delegado Clocy Hugney, que investiga a fuga do ex-policial Célio Alves de Souza, requereu a prisão deles, mas a Justiça negou. Os três foram denunciados (acusados formalmente) pelo Ministério Público Estadual. Por duas vezes a Justiça Estadual concedeu prorrogação de prazo para que a Polícia Civil desse prosseguimento às investigações no intento de se descobrir quem são os mentores da ação criminosa.
Célio fugiu em julho passado da Penitenciária do Pascoal Ramos, sem dificuldade. A juíza designou ainda que os três sejam ouvidos em audiência na data de 9 de agosto de 2007, às 13h30, quando mais de dois anos da "saída" terão se passado.
Histórico - Célio foi preso em outubro de 2002 e passou quase três anos atrás das grades, mas nunca confirmou sua participação em crimes de pistolagem, embora existam provas que indiquem sua atuação em diversos crimes. A somatória das penas chega a 76 anos de prisão em regime fechado.
Célio caminhou "livremente" por mais de 400 metros pela unidade prisional sem que fosse incomodado. Ele transpôs ainda 11 portões até chegar à muralha que fica no setor administrativo da prisão. De lá, com ajuda de uma corda, fugiu. Do lado de fora, o aguardavam em uma caminhonete. A Sejusp acredita que Célio pode estar escondido na Bolívia e recebendo apoio de traficantes. Ações foram montadas pela região, mas até agora ele permanece foragido.