Pastor preso em Cuiabá é investigado pela polícia de Barra do Garças
quinta-feira, 25 de janeiro de 2007, 00h00
O pastor Eliezer Martins preso na tarde de ontem em Cuiabá era também investigado pela polícia de Barra do Garças. De acordo com o promotor de Justiça, Tiago de Souza Afonso da Silva, as investigações começaram no inicío 2005 quando a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso recebeu uma denúncia anônima de que Eliezer esteve na cidade de Juara aplicando avaliações de ensino fundamental e médio pelo valor de R$750,00. Os diplomas eram supostamente emitidos pelos colégios Adjetivo – Unidade I, Juan Miró e Instituto de Formação Acadêmica Cultural e Educacional, localizados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em Rondonópolis, o pastor era representado por Fabrício Camargo de Oliveira, também indiciado no inquérito.
Na tentativa de passar a imagem de que realmente era representante de uma instituição de ensino o acusado teve por algum tempo a frente do Instituto de Formação Acadêmica Cultural e Educacional na cidade de Barra do Garças, onde estaria promovendo ensino supletivo para jovens e adultos à distância, muito embora não fosse credenciado nem mesmo autorizado a fazê-lo.
Constatada a fraude, em agosto de 2005, a Seduc expediu uma portaria anulando todos os documentos emitidos por Eliezer. Desde então, vários portadores de diplomas falsos foram ouvidos durante as investigações. Os depoimentos eram sempre muito parecidos , geralmente as provas eram aplicadas em um hotel nas cidades do interior do Estado.
Durante as investigações, além das vítimas a polícia também ouviu o proprietário do colégio Juan Miró, Ronaldo Pimenta de Carvalho, que disse desconhecer a existência de uma unidade extensiva de sua escola em Mato Grosso, afirmando nunca ter tido contato com o pastor. Para a conclusão das investigações é necessária ainda a oitiva dos representante do colégio Adjetivo e Iface ( Instituto de Formação Acadêmica Cultural e Educacional do qual o indiciado dizia ser representante.
Na tarde de hoje o promotor Tiago Afonso encaminhou o inquérito à Delegacia de Polícia Civil de Barra do Garças para que as investigações sejam concluídas.
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Cristina Gomes
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