Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

MPE notifica Tapurah a realizar exames em gestantes

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007, 00h00

O Ministério Público notificou ontem a Prefeitura de Tapurah (433 km de Cuiabá) por não estar realizando exames essenciais às gestantes pelo SUS, conforme denúncia da comunidade. A promotora de Justiça Taiana Castrillon Dionello estipulado um prazo de 48h para providências. Para a promotora, a não realização de exames preventivos como o de rubéola, toxoplasmose, hepatite B, HIV e ultra-sonografia, impede as pacientes de darem continuidade ao pré-natal. Em algumas situações, essas mulheres estão pagando pelos exames em laboratórios e clínicas particulares. A denúncia foi constatada por uma funcionária do MPE antes que o documento fosse emitido ao prefeito Carlos Capeletti.

"O SUS é uma rede integralizada por município, Estado e União. Não importa a alegação referente à falta de recurso, pois o atendimento é universal e tem que dar prioridade nesse caso em específico", destacou. Taiana ainda lembra a maciça campanha, na mídia, do governo federal, referente ao planejamento familiar. "Houve a imputação da responsabilidade, desde o uso de contraceptivos ao atendimento pós-parto, com direito a acompanhante, e agora acontece esse tipo de desrespeito à população?", indaga.

Tapurah, com cerca de 7.500 habitantes possui uma demanda mensal de aproximadamente 30 unidades de exames, referentes à situação específica reclamada pela população, segundo Luiz Gonçalves de Queiróz, do setor administrativo da Secretaria de Saúde do município.

No entanto, enfatizou que, apesar da demora, as gestantes têm recebido o atendimento. Explica que os exames têm material coletado no Hospital Municipal de Tapurah, mas devido à falta de ambulatórios na cidade, a coleta é enviada para Cuiabá e, em algumas situações, o resultado só fica pronto em 60 dias.

Destacou que em casos emergenciais o procedimento é realizado na própria cidade, em laboratórios particulares e, nesses casos, a Prefeitura encontra meios de resolver a situação e arca com as despesas necessárias. Luiz disse que não foi notificado e só com o documento em mãos é que poderia responder pelo teor reclamado. Fonte - Jornal A Gazeta - Gleid Moreira

Fonte - Jornal A Gazeta

 

 

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