Representante do Ministério Público do Ceará vem a Cuiabá conhecer o projeto "Questão de Gênero"
terça-feira, 23 de junho de 2009, 00h00
O Projeto “Questão de Gênero”, desenvolvido por promotoras de Justiça do Estado de Mato Grosso que atuam no combate à violência doméstica e familiar, será apresentado nesta terça-feira (23/06) à promotora de Justiça Fernanda Marinho, do Ministério Público do Ceará. Ela chega hoje a Cuiabá e permanecerá até sexta-feira (26/06).
Além de discutir questões relacionados ao projeto, as promotoras de Justiça também pretendem promover debates sobre os prejuízos para o combate a violência doméstica contra a mulher inseridos no projeto de lei que prevê alterações significativas no Código de Processo Penal. Fernanda Marinho atua na Promotoria de Justiça de Combate à Violência Doméstica do Ceará, terra da própria Maria da Penha.
Na quinta-feira (25/06), às 19h30, as promotoras de Justiça responsáveis pelo projeto “Questão de Gênero”, Lindinalva Rodrigues, Elisamara Portela e Salete Poderoso, vão falar sobre violência doméstica na Escola Estadual Nilo Póvoas. O encontro contará com a participação da representante do Ministério Público do Ceará.
Na sexta-feira (26/06), o mesmo tema será discutido em uma reunião com professores da rede estadual de ensino, no auditório da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a partir das 14h.
VISIBILIDADE: O auditório do Unirondon recebeu cerca de 250 alunos do curso de Direito na noite de quinta-feira (04/06), quando a instituição abriu suas portas para a campanha preventiva de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, fruto do projeto “Questão de Gênero”.
Alunos e alunas dos 3º e 5º semestres e do 4º ano, e professores de Direito, acompanharam uma abordagem informal sobre a temática, que coube às promotoras Lindinalva Rodrigues Corrêa, Salete M. Búfalo Poderoso e Elisamara Sigles V. Portela. Elas se revezaram ao microfone diante de uma platéia atenta e interessada, que experimentou mais uma oportunidade prática de evoluir no conhecimento do Direito, com este tema atual.
“Para os alunos, é um momento importante, porque fica fácil entender e associar teoria e prática”, explica a coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do Unirondon, Liz Cristina Busatto. O coordenador do curso de Direito do Unirondon, Saulo Tarso, também avaliou a oportunidade: “A palestra das promotoras nos lembra da importância da luta pela questão de gênero e também conclamou todos os operadores de direito a participarem dessa luta”.
A aluna do 4º ano de Direito, Celise Toledo, aprovou a iniciativa, classificando-a como uma ótima oportunidade para conhecer os detalhamentos e a amplitude da legislação e do próprio assunto, que tem na Lei Maria da Penha, uma espécie de marco.
Lindinalva, Salete e Elisamara têm praticado uma atuação institucional que é considerada um modelo para o Brasil. Haja vista que a 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá foi a primeira, em nível nacional, a ser instituída de forma completa, contando inclusive com acompanhamento de serviços sociais. (com assessoria Unirondon)