CRIME ORGANIZADO
Gaeco instaura procedimento para apurar responsabilidade sobre vazamento de informações
por CLÊNIA GORETTH
sexta-feira, 09 de outubro de 2009, 10h23
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) instaurou procedimento investigatório para apurar de quem é a responsabilidade referente ao vazamento de informações sigilosas obtidas na investigação que resultou na apreensão de 430 quilos de cocaína na fazenda “Sete Irmãos”, em Barão de Melgaço. A íntegra do depoimento de uma das pessoas ouvidas no caso foi divulgada com exclusividade por um jornal da Capital.
O coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, afirmou ter ficado surpreso com a divulgação e vai cobrar providências das instituições que tiveram acesso ao processo para descobrir como as informações chegaram à imprensa. “O depoimento foi sigiloso e coloca em risco a vida de pessoas que confiaram na Justiça e contribuíram para o esclarecimento dos fatos. Não podemos ficar inertes diante de situação tão grave como essa”, afirmou o procurador de Justiça.
Segundo ele, é inadmissível que atitudes irresponsáveis possam colocar em risco a credibilidade de instituições que atuam diariamente com investigações relacionadas ao tráfico de drogas. “Muitos desses crimes são esclarecidos com a colaboração de pessoas que estão envolvidas direta ou indiretamente no caso. Esses depoimentos são fundamentais para a elucidação de fatos que não seriam descobertos se não houvessem a participação dessas testemunhas", ressaltou Prado.