Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

CUIABÁ

Município não cumpre decisões judiciais e enfrenta 'caos' no sistema de coleta de lixo

por CLÊNIA GORETTH

quinta-feira, 24 de junho de 2010, 14h00

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e da Ordem Urbanística de Cuiabá, vem há um ano cobrando providências e alertando o município sobre a necessidade de construção de aterro sanitário. Nesse período, além de firmar Termo de Ajustamento de Conduta com a prefeitura sobre o assunto, também foram propostas ações judiciais.

“A responsabilidade sobre o problema do lixo em Cuiabá é exclusiva do município. Já existem várias intervenções do Ministério Público que culminaram em decisões judiciais, mas a problemática até hoje não foi resolvida. Trata-se de nítida incompetência técnica e administrativa do poder público municipal”, reclamou o promotor de Justiça Gérson Barbosa.

Segundo ele, o Ministério Público tem atuado em duas frentes para assegurar a regularização dos serviços de coleta e disposição do lixo da Capital. Além de intervir para garantir a disponibilização de local apropriado para receber os resíduos sólidos, o MP tem exigido do município a realização de licitação para contratação da empresa responsável pela coleta, pois o atual contrato termina em agosto.

EMERGÊNCIA: Ontem (23/06), após o anúncio de que no aterro sanitário não haveria mais espaço para receber o lixo coletado, o Ministério Público Estadual promoveu reunião com representantes do município e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente para tentar encontrar uma saída emergencial para o problema.

Durante a reunião, o município comprometeu-se em terminar a nova célula de sete mil metros quadrados para receber os resíduos. Parte dela, quatro mil metros quadrados, ficou pronta no final da tarde desta quinta-feira e passará por vistoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Enquanto isso, o lixo está sendo depositado no platô de uma célula velha e o restante no barracão de reciclagem.

A célula que vinha recebendo o lixo da Capital deveria ser ter sido desativada há dois meses. Acima da capacidade permitida, ela conta hoje com 120 mil toneladas de lixo.

Compartilhe nas redes sociais
facebook twitter
topo