Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

Crime de concussão

Policial civil é preso em flagrante

por CRISTINA GOMES

quarta-feira, 04 de maio de 2011, 13h52

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) prendeu, na tarde de terça-feira (03.05), em Cuiabá o policial civil Edivaldo Santos Moraes. O funcionário público foi flagrado praticando crime de extorsão e transportando uma mala com 14,5 quilos de maconha numa viatura descaracterizada da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo o Coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, o Ministério Público recebeu informações de que um agente da Delegacia de Homicídios, estava cometendo crime de concussão, ou seja, ele tomava conhecimento de que existia mandado de prisão contra determinada pessoa e se deslocava ao encontro do mesmo exigindo considerável quantia em dinheiro para não prendê-lo. Os valores cobrados variavam de R$ 10 mil a R$ 20 mil. Diante dos fatos apurados o Gaeco começou um trabalho de investigação acompanhando os passos do policial.

"Depois da prisão comunicamos a Corregedoria da polícia civil que lavrou o termo de prisão em flagrante, para nossa surpresa durante a revista no veículo usado pelo policial foi encontrada uma mala preta com aproximadamente 15kg de maconha", indignou-se Prado ao comentar os fatos. Estava caracterizado além do crime de concussão o tráfico de drogas praticado por servidor público. "Frente aos acontecimentos, encaminhamos o caso a Corregedoria da Polícia Civil para que tome as devidas providências que achar necessárias", afirmou o procurador.

Para o promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, as investigações demonstram uma atitude isolada de um criminoso que estava infiltrado em um órgão de segurança agindo contrariamente a lei. “A negociação de liberdade de pessoas com mandados de prisão em aberto caracteriza crime, o fato de termos encontrado droga dentro do carro usado pelo policial demonstra que além de extorquir ele também tinha ligação com o tráfico de drogas”, declarou o promotor.

De acordo com o corregedor geral da Polícia Civil Gilmar Dias Carneiro, será dado prosseguimento as investigações e tão logo concluído o inquérito policial será instaurado o processo administrativo disciplinar.



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