Ministério Publico do Estado de Mato Grosso

TANGARÁ DA SERRA

Para presidente da AMMP, afastamento de prefeito dará maior independência ao Legislativo

por Ascom - AMMP

terça-feira, 17 de maio de 2011, 11h35

“Fomos até Tangará da Serra para cobrar das autoridades municipais o afastamento imediato do prefeito e para dar apoio à atuação do promotor de Justiça Antonio Moreira da Silva que investiga o prefeito; lembramos aos vereadores os compromissos republicanos assumidos por eles, quando eleitos para serem os representantes daquela população, e eles compreenderam a nossa mensagem. A decisão da Câmara demonstra que os vereadores respeitaram os anseios da sociedade”, destacou o presidente da AMMP.

Para os dirigentes da AMMP, a postura da Câmara dará aos vereadores maior independência para a continuidade do processo contra o prefeito, podendo culminar na sua cassação.

Outro aspecto que contribuiu muito para a decisão, na opinião dos promotores de Justiça, foi o envolvimento da sociedade, de instituições organizadas, as quais se empenharam em cobrar providências, exercendo seus direitos de cidadão.

Os promotores de Justiça e dirigentes da AMMP, Vinicius Gahyva Martins e Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho, conversaram também com dois juízes da comarca, e pediram apoio e agilidade no andamento do processo por improbidade administrativa contra o prefeito, que está parado na 4ª Vara, há mais de um ano.

Sociedade se organiza e pressiona autoridades

Diversas entidades assinaram um requerimento acusando o prefeito de cometer atos de improbidade administrativa e pedindo providências. Julio César Ladeia responde a várias Ações Civis Públicas propostas pelo Ministério Público.

Entre as denúncias, estão um suposto desvio de quase R$ 700 mil do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros, além de desvios na execução do programa Pró-Jovem. O prefeito do PR enfrenta grave índice de rejeição e impopularidade por conta dos problemas administrativos.

Catador de lixo desafia prefeito e secretários

Uma atitude inusitada foi a do catador de lixo, Antonio Carlos Cabral Amaral, 50 anos, morador de Tangará da Serra há 20 anos.  Cabral foi lixeiro em São Paulo durante 35 anos, e atualmente trabalha no ramo de reciclagem de lixo. Ele protocolou, ontem, uma declaração na qual autoriza a quebra de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico, e junto com a declaração entregou um cheque assinado em branco, em nome do Ministério Público de Mato Grosso.

A atitude, segundo ele, é um desafio ao prefeito e aos secretários municipais, para que, também, façam o mesmo. Cabral disse que se for encontrado algum débito fiscal, que o valor seja multiplicado por dez e o montante seja revertido para o MPE/MT.

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