Falas da Democracia: pessoas com deficiência travam luta diária pelo direito à inclusão e respeito
segunda-feira, 13 de setembro de 2021, 16h53
Busca por políticas públicas é ampliada não além pelo mínimo que é se deslocar, mas também por saúde, educação, participação e entretenimento adequados.
Por John Pacheco, G1 AP — Macapá
12/09/2021 15h31 Atualizado há um dia
Entre os anseios, está a organização das cidades para aumentar o potencial de deslocamento das pessoas com deficiência — Foto: RPC/Reprodução
As Paralimpíadas de Tóquio, em agosto, terminaram com desempenho recorde da delegação brasileira e levaram muita gente que nunca teve contato com o esporte adaptado a torcer pelos nossos atletas.
Trazendo para o campo social, quem vive na pele e sofre com algum tipo de deficiência permanente, também espera essa "torcida" de todos os brasileiros para que políticas públicas possam levar o Brasil à "medalha de ouro" na inclusão e acessibilidade.
Dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram que 24% da população tem algum tipo de deficiência, entre física, visual, auditiva, de fala, mental, entre outras.
Libras é ferramenta essencial para comunicação entre pessoas com deficiência de fala e audição — Foto: Divulgação/JCPM
Ou seja, 1 de cada 4 brasileiros têm limitações para o livre exercício. Limitações, que deve ser minimizadas por quem é de direito: governos, casas legislativas, prefeituras e o poder público em geral.
A Lei Brasileira de Inclusão, em vigor desde 2016, é um conjunto de normas para garantir a oferta de condições de igualdade às pessoas com deficiência em diversas áreas.
"Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas", diz o artigo 2 da Lei, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Mas e quem vive na pele? É possível crer que os termos da lei são cumpridos? Apesar das regras no papel há outro componente bem presente: o preconceito e a discriminação.
A voz dos segmentos em prol da igualdade nas discussões para o futuro que queremos é o que busca discutir a série "Falas da Democracia", iniciada há 5 semanas e que traz a última reportagem neste domingo (12).
As reportagens integram o Amazônia Que Eu Quero, projeto da Fundação Rede Amazônica com apoio das empresas do grupo.
Foram ouvidos e consultados personagens com deficiência que descrevem a luta diária própria e em defesa da maior inclusão, igualdade e principalmente respeito ao segmento.
Confira os depoimentos:
Mateus Barros: estudante, de 22 anos, tem paralisia cerebral e usa a internet para compartilhar a rotina diária de estudos e convivência. Ele palestra para jovens e até produziu uma peça teatral.
Falas da Democracia: Mateus Barros
Kersia Celimary: socióloga, de 36 anos, tem deficência visual e atualmente é chefe de Divisão de Saúde da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras, em Macapá, e também é presidente do Instituto Inclusão no Meio do Mundo.
Falas da Democracia: Kersia Celimary
Fonte: G1